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Neuralink: sabe como funciona o sistema de Elon Musk que liga o seu cérebro à Internet?

Caminhamos para um futuro próximo onde será possível ligar o nosso cérebro a um computador. Com isso, poderemos criar uma rede de informação fundindo a nossa rede neurológica com a rede global, a Internet. A Neuralink, empresa com o cunho de Elon Musk, o CEO da Tesla, está já a desenvolver recursos para que isso aconteça.

A ideia de termos o cérebro a partilhar os conhecimentos e pensamentos levanta dúvidas e muitos receios. Afinal, como pensa Elon Musk ligar-nos à Internet?


Ligar o cérebro ao computador

Antes de mais devemos perceber quem está por trás desta ideia peregrina de ligar o cérebro a um computador. A Neuralink é uma sociedade comercial neurotecnológica anglo-americana estabelecida por Elon Musk e outros oito parceiros. Segundo os relatos, este grupo está já a desenvolver interfaces cérebro–computador (ICs) implantáveis.

Pese o facto de ainda estar em desenvolvimento, o primeiro passo será usar esta tecnologia em pacientes com membros robóticos.

 

Neuralink permitira o cérebro comandar próteses robóticas

Quando Elon Musk comprou a Neuralink, adquiriu uma empresa que quer desenvolver tecnologia para ligar as nossas mentes à Internet. Apesar de ser algo já visto na ficção, a maioria das pessoas achava que era outra das suas “ideias loucas”. Posteriormente, o projeto foi subjugado a um silêncio de dois anos. Agora, numa conferência dada este mês, o empresário controverso, dono de projetos pioneiros como a Tesla, SpaceX ou Hyperloop, contou ao mundo as suas intenções (veja o vídeo).

Não será de repente, mas a Neuralink vai conceber um cordão neural artificial que pode assumir o controlo do cérebro das pessoas.

Use um computador apenas com o pensamento ou qualquer dispositivo ligado, como a televisão, o frigorífico e, claro, o smartphone, apenas com um pensamento. Essa é a verdadeira natureza e ambição do Neuralink.

Explicou no evento Musk.

Surpreendentemente, este é um projeto que de facto pode ser viável, apesar de ainda parecer “louco”. Embora atualmente ainda tenham sido dados passos singelos, a verdade é que a equipa tem já redigido o seu objetivo.

Segundo o estudo que acabou de ser publicado da página da Biorxirv (embora ainda não tenha sido revisto pelos pares), eles explicam como uma interface de “fios” serão “costurados” ao cérebro humano e que servirão como base para ajudar pacientes com membros amputados a mover as suas próteses robóticas, apenas com o pensamento.

 

Máquina de costura cerebral

Portanto, estamos perante uma tecnologia que se complementa em duas partes. Por um lado, os fios flexíveis acima mencionados, mais finos que um fio de cabelo humano, e que carregam dentro dos elétrodos que recolhem a atividade cerebral. Do outro, a “máquina de costura” que tece esses fios ao cérebro na proporção de seis fios (192 elétrodos) por minuto.

A combinação de ambos proporciona uma fiação que tem como principal vantagem evitar os vasos sanguíneos, o que reduz os aspetos negativos em caso de respostas inflamatórias.

Ainda que não seja uma ideia nova, já que foram desenvolvidas interfaces similares e usadas para testes, o Neuralink é muito menos invasivo e prejudicial do que os sistemas anteriores. Assim, a ideia é que os elétrodos se liguem com o cérebro através da tecnologia laser, e que externamente os fios acabem numa espécie de interruptor que é colocado atrás da orelha (semelhante a um aparelho auditivo). Posteriormente, com o sistema operacional, este dispositivo será ligado via Bluethooth ou USB a um computador ou smartphone.

Para gerir este fluxo de entrada e saída de informação, será desenvolvida uma app para gerir todo o programa.

 

Implantação humana

A apresentação afirmou que, por enquanto, o sistema foi testado em ratos com um alto nível de sucesso. Contudo, o passo seguinte será testar nas pessoas no segundo semestre de 2020. De acordo com o que os investigadores mostraram, o sistema, nos seus estágios iniciais, será concentrado em pacientes com membros robóticos. No entanto, o objetivo é expandir para pacientes que perderam a fala ou a audição.

Em termos comerciais também será um produto a colocar no mercado. A empresa pretende fazer interfaces que nos permitem gerir qualquer um dos nossos dispositivos móveis ou computador com apenas a mente.

Em suma, estamos prestes a entrar em Modo “Matrix”, que, na verdade, foi o filme inspirou os engenheiros da empresa. Neuralink pode supor o começo de uma nova revolução?

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