Têm sido muitos os ataques de larga escala que têm afetado os utilizadores da Internet. Cada vez mais sofisticados, pretendem apenas roubar dados ou lucrar com o seu bloqueio.
O ataque da passada semana está agora a ser investigado e tudo aponta para que tenha sido patrocinado ou realizado por um país com um propósito específico. Esta situação está a ser avaliada pela NATO, que pondera reagir-lhe como sendo um ato de guerra.
Apesar de não haver ainda certezas, tudo aponta para que o ataque Petya da semana passada tenha sido realizado com a ajuda do governo russo, ainda sem que se conheçam as razões. No próprio dia em que o Petya atacou a Ucrânia, o dedo de Kiev foi apontado à Rússia.
A NATO, que está a avaliar este ataque e os seus contornos, já veio também a público mostrar a sua posição e um investigador associado ao CCD COE (Cooperative Cyber Defence Centre of Excellence) deixou claras as medidas que podem ser tomadas.
As important government systems have been targeted, then in case the operation is attributed to a state this could count as a violation of sovereignty.
Consequently, this could be an internationally wrongful act, which might give the targeted states several options to respond with countermeasures.
Caso se confirme esta medida dirigida a um dos países da NATO, e tendo sido atingidas infraestruturas críticas, pode ser invocado o Artigo 5º, o que levaria a uma resposta da NATO.
Ao contrário de outros ataques recentes, como o WannaCry, o Petya foi dirigido a um único país e a um conjunto bem identificado de infraestruturas críticas, o que demonstra bem das intenções dos atacantes.
Não se sabe ainda como, quando e até se irá ser realizada esta medida de retaliação contra os autores do ataque realizado com o Petya. Esta será realizada de forma muito discreta e dirigida aos autores do ataque, na esperança de eliminar toda a estrutura de suporte a estes atacantes.
Via Bloomberg