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Mercedes substitui robôs por pessoas na sua linha de montagem

A Mercedes está a inverter a tendência, está a criar uma anti-revolução no que o mundo tem vindo a assistir. A maior marca alemã do ramo automóvel está a tirar os robôs da linha de montagem para colocar pessoas.

A empresa concluiu que os “trabalhadores de alta tecnologia” são menos capazes que os seres humanos na personalização dos trabalhos.

Nos últimos 10 anos, a indústria automóvel tem apostado nos robôs para colocar nas suas linhas de montagem mais velocidade de desempenho para aumentar a performance do fabrico e, com isso, aumentar os seus lucros.

Embora isso possa ser verdade, a Mercedes-Benz está a substituir alguns dos seus trabalhadores de alta tecnologia por seres humanos. Como se constata, os robôs não podem manter-se com o grau de personalização que a fabricante oferece nos seus veículos da Classe S.

 

Quais as limitações dos robôs no Mercedes Classe S?

Segundo a empresa, há várias personalizações nos Mercedes. Na Classe S, por exemplo, existem quatro tipos diferentes de tampas para os pneus por si só, para não mencionar as opções para ornamento de fibra de carbono e suportes para copos com temperatura controlada.

Os robôs não podem lidar com o grau de individualização e as muitas variantes que temos hoje, estamos a economizar dinheiro e a proteger o nosso futuro, empregando mais pessoas.

Referiu o chefe de produção Markus Schaefer da empresa.

A mudança vem num momento em que uma série de empresas estão a substituir as pessoas por equipamentos robóticos, braços com funções específicas cada vez mais adaptadas e pormenorizadas. A  Federação Internacional de Robótica (IFR) divulgou hoje uma pesquisa indicando que 1,3 milhões dos robôs industriais estarão em funções até 2018. Na verdade, o número dessas máquinas subiu 43% num ano entre 2013 e 2014. No entanto, como a Mercedes continua a expandir as opções disponíveis nos seus veículos, os robôs não são capazes de se adaptar a novas tarefas. Estas máquinas ainda são mais adequadas para desempenhar mesmas tarefas repetidamente.

Não é um abandono total, na fábrica da Mercedes-Benz Sindelfingen as máquinas vão trabalhar ao lado dos seres humanos, em vez de serem confinados atrás de um vidro. A Mercedes, BMW, Volkswagen e Audi estão todos a trabalhar com robôs repletos de sensores que podem operar com segurança ao lado dos seus colegas humanos, para evitar acidentes como o que aconteceu recentemente.

Bloomberg

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