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Medida de desintoxicação – França proíbe telemóveis nas escolas

As crianças francesas, dependentes do telefone, serão obrigadas a ficar sem os seus dispositivos móveis na escola sob o projeto de lei que o ministro da Educação chamou na quinta-feira de “medida de desintoxicação”, para combater a distração na sala de aula e o bullying.

Estão a ser tomadas decisões duras para combater o uso da tecnologia em comportamentos altamente nefastos.


O presidente Emmanuel Macron, cujo partido detém uma maioria dominante na Assembleia Nacional, espera por uma rápida passagem pelo parlamento, a tempo de impor a proibição geral antes de o próximo ano letivo começar em setembro.

Mais de 90% das crianças com 12 ou mais anos têm smartphone na França, segundo o projeto. A ação da França provocou debates noutros países, como a Grã-Bretanha e a Irlanda, sobre se deveriam ou não tomar como exemplo o de Paris sobre a proibição nas escolas de todo o país.

“Os smartphones são um avanço tecnológico, mas não podem monopolizar as nossas vidas.

Não pode encontrar o seu caminho num mundo de tecnologia, se não pode ler, escrever, contar, respeitar os outros e trabalhar em equipa.

Referiu o ministro da Educação, Jean-Michel Blanquer, ao canal de notícias LCI.

Os defensores do projeto de lei dizem que o uso de smartphones entre crianças de idade júnior e média aumentou o cyberbullying, facilitou o acesso à pornografia e prejudicou a capacidade de os jovens de interagir socialmente.

Roubo de telefones, extorsão e obsessão por marcas de moda foram outros pontos negativos que justificaram uma tentativa de equilibrar a vida das crianças, disse o ministro.

Esta nova lei permite às escolas decidir o modo como querem aplicar a proibição, podendo obrigar os alunos a colocarem os dispositivos numas bolsas específicas dentro das mochilas escolares, mas permitindo o acesso em caso de emergência, ou uso pedagógico, mas também proibir a sua utilização por completo, sob a pena de sanções.

Um representante do sindicato dos professores UNSA, Stephane Crochet, disse à rádio RTL que considerar a inclusão dos adultos na proposta de lei é um insulto e um risco de segurança.

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