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Localidade francesa decidiu proibir a utilização de smartphones na rua

Uma localidade a sul de Paris, em França, decidiu restringir a utilização de smartphones em público, proibindo adultos e crianças de andarem com os dispositivos na rua.


No fim de semana passado, os menos de 2000 habitantes de Seine-Port, a sul de Paris, em França, votaram a favor de um referendo para restringir a utilização de smartphones em público. Desta forma, proibindo adultos e crianças de estarem com os seus dispositivos enquanto caminham e fazem tarefas ou atividades na rua.

Por exemplo, as pessoas que poderiam consultar o mapa do seu smartphone por dúvidas no caminho, são encorajadas a pedir indicações.

Há quem diga que é um ataque às liberdades, mas eu não penso assim. Trata-se de sensibilizar para o impacto dos telemóveis nas nossas vidas.

O meu filho de um ano não tem ecrãs. O meu filho de quatro anos não tem ecrãs em dia de escola, e só tem por breves momentos quando o mais novo está a dormir a sesta. Muitas crianças e adultos são intoxicados por ecrãs – até os bebés em carrinhos de bebé andam com telemóveis. Trata-se de substituir isso por mais contacto humano. Antes de ter filhos, a minha televisão estava sempre ligada em segundo plano; agora nunca a ligo.

Partilhou Ludivine, 34 anos, mostrando-se “totalmente a favor desta medida”.

Segundo o The Guardian, dos menos de 2000 habitantes, 277 votou e fez vencer a restrição, com 54% dos votos.

 

Futuro deverá tirar os smartphones da rua e motivar as pessoas a (con)viver

Agora, o autarca, Vincent Paul-Petit, irá redigir um decreto municipal sobre o uso de smartphones, produzindo o primeiro deste tipo, em França.

O decreto não é aplicável pela polícia, pois os agentes não podem parar ou multar as pessoas que usem o smartphone na rua, uma vez que não existe uma lei nacional contra os dispositivos.

Porém, Vincent Paul-Petit descreve-o como um incentivo para as pessoas pararem de os usar. Aos lojistas está, inclusivamente, a ser pedido que coloquem avisos nas suas montras, no sentido de motivar as pessoas a largarem os seus smartphones.

Vincent Paul-Petit, autarca de Seine-Port. Fotografia: Magali Delporte/The Guardian

Além desta proibição, a localidade também aprovou uma espécie de contrato informal para as famílias sobre a utilização dos ecrãs pelas crianças. Os mais novos deverão ser afastados dos smartphones de manhã, no quarto, antes de dormir e durante as refeições.

Como incentivo, se os pais se comprometerem, por escrito, a não dar um smartphone aos filhos antes dos 15 anos, a autarquia assegura fornecer à criança um dispositivo apenas para chamadas.

Quero preservar os espaços públicos da invasão dos smartphones. Não se trata de proibir todos os telefones, trata-se de propor que as pessoas se abstenham de utilizar os seus smartphones para fazer scroll nas redes sociais, jogar um jogo ou ver vídeos em locais públicos, que queremos preservar para a vida social.

Esclareceu o autarca de Seine-Port, dizendo que “incentivaremos um padeiro ou talhante a não atender alguém que entra a mexer no telefone: se estiver a conversar ao telefone, pode terminar do lado de fora e depois entrar e dizer olá”.

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