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Jovens começam a abandonar o Facebook…

…graças aos seus próprios pais!

Um estudo europeu revelou que os jovens entre os 16 e os 18 anos estão a abandonar em massa o Facebook dando preferência a redes como o Twitter, Instagram, WhatsApp e Snapchat.

Em grande parte, a culpa está nos pais desses jovens que estão cada vez mais ligados às novas tecnologias e, além de também terem uma conta na rede social, insistem em ser “amigos” dos próprios filhos.

Quando há uns anos, não muitos, éramos jovens adolescentes, os nossos segredos, as nossas aventuras e as noitadas eram partilhados com os nossos amigos e muitas vezes, mais no caso das raparigas, com diários escondidos no fundo de uma gaveta para que os nosso pais não descobrissem nada das nossas vidas.

Hoje, na Era tecnológica, os diários foram substituídos pelos blogs e as conversas no recreio das escolas pelos comentários no Facebook.

Se no início das redes sociais os nossos pais eram uns leigos na matéria hoje em dia, continuando a não saber tanto como a maioria dos jovens, desenrascam-se bastante bem. Em alguns caso, já passam tanto ou mais tempo agarrados ao computador que os seus filhos.

Entram no Facebook, partilham mais coisas das vidas pessoais que os jovens e depois ainda “pedem amizade” aos filhos e aos amigos deles. Depois vêem-se casos onde um filho publica uma foto e a mãe vai lá fazer o comentário do tipo “tão lindo, o meu filhote” ou a própria mãe pega no álbum de recordações e partilha para o mundo as mais embaraçosas fotos do seu seu filho.

Consequentemente, aquelas fotos das noitadas os comentários, os estados das relações são publicados no Facebook cada vez mais de forma contida entre os adolescentes, já que eles continuam a necessitar do seu espaço para peripécias normais da idade sem a intromissão dos pais e ficam de certa forma embaraçados com algumas intervenções dos mais velhos.

Por tudo isto, os jovens estão cada vez mais afastados do Facebook. Os seus pais e as pessoas mais velhas, no geral, vieram trazer uma certa saturação à rede social e as outras como o Twitter, Instagram, WhatsApp e Snapchat, mesmo que menos sofisticadas e com menos recursos, começam a ganhar a atenção dos mais novos.

Segundo um estudo europeu, realizado pela University College London onde foram inquiridos jovens entre os 16 e os 18 anos em 6 países da União Europeia aquela que já foi a rede social mais popular entre os adolescentes está para a maioria deles “morta e enterrada” graças à intervenção utilizadores mais velhos.

Para o Facebook este é mais um desafio a enfrentar, e se o jovens estão a trocá-lo por outra qualquer rede social, ele terá que se adaptar ao novo público. E na verdade é o que já está a fazer.

O Facebook tem vindo a ser, e será cada vez mais, uma rede social direccionada para a publicidade e divulgação de conteúdos informativos, onde os adultos passam a ser o alvo principal.

Claramente que a estratégia está a mudar e prova disso foram as declarações de Mark Zuckerberg no início deste mês, ao dizer que queria que o Facebook viesse a ser “o melhor jornal personalizado do mundo”, um lugar onde seja divulgadas histórias acompanhadas de boas imagens, tudo informação de “alta qualidade”.

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