… Ele agradece e a JOBBOX paga-te.
É esta a premissa da JOBBOX, uma startup portuguesa criada para dar resposta à crescente necessidade das empresas no processo de recrutamento de profissionais das TI. Este tipo de serviço, baseado na recomendação de pessoas que se conhecem pessoal ou profissionalmente, já é utilizado internamente por muitas multinacionais e com elevadas taxas de sucesso.
Ao lançar no ano passado a sua plataforma digital, a JOBBOX pretende revolucionar a facilidade e rapidez com que as empresas encontram engenheiros, programadores, web designers e outros profissionais de marketing digital, ao mesmo tempo recompensando monetariamente as recomendações.
A plataforma da JOBBOX baseia-se num sistema de recomendações ou referrals: as empresas publicam a oferta de emprego na plataforma, clarificando também o valor que estão dispostas a pagar por um recrutamento bem sucedido.
Um utilizador que identifique na sua rede de contactos o candidato certo para uma das funções anunciadas no site pode recomendá-lo para a função em questão. Caso essa recomendação resulte num recrutamento bem sucedido, o utilizador recebe uma recompensa que pode chegar aos milhares de euros. As fases são muito simples:
1º Passo: O referenciador regista-se no site da JOBBOX. 2º Passo: O referenciador identifica uma oferta de trabalho adequada a alguém que conhece bem. 3º Passo: A pessoa recomendada é notificada, liga-se à plataforma para importar automaticamente os dados do seu perfil do LinkedIn (Currículo) e candidata-se à função. 4º Passo: A JOBBOX valida a informação da candidatura e da recomendação e verifica se é adequada ao trabalho em questão. 5º Passo: O candidato é contactado pela empresa no âmbito do processo de recrutamento. 6º Passo: Se o candidato for contratado, o referenciador recebe a sua recompensa através da JOBBOX.
Os 16 trunfos da JOBBOX:
1. Sem intermediários: recrutadores não permitidos. 2. Detalhes sobre as empresas que publicam ofertas de emprego. 3. Ganhar prémios de recomendação. 4. Repostas a candidaturas mais rápidas. 5. Todas as candidaturas têm resposta. 6. Sem bodyshoppers. 7. Ver o espectro completo de ofertas e não apenas de consultoria. 8. Lista de empresas moderada pela equipa do JOBBOX. 9. Criar um perfil e candidatar-se com o mesmo. 10. Bónus de contratação 12 meses após ser contratado. 11. Foque no suporte ao cliente. 12. UX centrada no utilizador. 13. Receber ofertas de trabalho no email. 14. Grátis. 15. Privacidade dos dados garantida. 16. Todas as ofertas são reais.
Para além da plataforma, a JOBBOX disponibiliza também um serviço premium de recrutamento tecnológico, que inclui todas as fases de um processo, até à colocação de um candidato na função.
Como surgiu a ideia?
Pedro Carmo Oliveira, um dos co-fundadores da startup, conta como tudo começou:, «a ideia de criar este serviço surgiu quando conheci o meu sócio, José Vicente Paiva, num evento na Startup Lisboa. Ele trabalhou muitos anos no sector das TI e tínhamos ambos a noção da dificuldade que o mercado sente em recrutar techies, até porque muitas empresas de recrutamento não compreendem as competências técnicas exigidas por essas funções e têm difiuldade em avaliá-las nos candidatos».
A ideia foi amadurecendo e, poucos meses depois, surgiu uma versão preliminar do que viria a ser a JOBBOX. «Fizemos testes de customer development, falámos com mais de 50 empresas e percebemos que o que funciona melhor na área do recrutamento são, sem dúvida, as recomendações. Diversos estudos referem que cerca de 25% a 40% dos candidatos são recrutados com base em recomendações. Elas trazem um valor acrescentado que não existe nos processos formais, que é a confiança. Então, porque não criar uma plataforma que facilite e potencie essa prática informal?», questiona o co-fundador.
Qual é o modelo de negócio?
Actualmente, o valor médio das recompensas que as empresas que já recrutam através da JOBBOX se propõem pagar é de 500 euros. No entanto, a recompensa por uma única recomendação pode ir dos 200 aos 4.200 euros, ficando essa informação clara na plataforma, para cada função. Para além do valor destinado ao “recomendador”, as empresas pagam à JOBBOX uma comissão que varia entre 30% a 50% sobre o valor da recompensa.
Apesar da JOBBOX não sugerir os valores que cada empresa deve pagar, Pedro Carmo Oliveira explica que «quanto maior a recompensa, maior será a possibilidade de surgirem recomendações com qualidade superior». Lembra ainda que o conceito não é novo entre amigos e conhecidos: «Muitas pessoas já recomendam informalmente os seus colegas, ex-colegas ou amigos para funções das quais têm conhecimento. Ao recomendarem alguém estão a transmitir confiança e, de certa forma, a credibilizar as competências dessa pessoa. Se poupam tempo às empresas e melhoram a qualidade dos candidatos, porque não serem recompensadas por esse serviço de recomendação? E temos observado que as empresas estão dispostas a pagar. Na verdade, muitas já estão familiarizadas com o conceito de employee referral».
Muitas multinacionais já têm sistemas internos de recompensa por recomendação «remunerando não só em dinheiro mas também noutros benefícios, como por exemplo gadgets ou gift vouchers da Amazon. A recompensa visa encorajar as pessoas a “desbloquearem” o acesso às suas redes interpessoais».
«O nosso sonho é ter pessoas a viver da JOBBOX, tornando-se power referrers e human hubs naturais. No futuro, era bom haver pessoas que ganham dinheiro a ajudar os amigos a encontrarem colocações onde se sintam mais felizes e realizados», conclui Pedro Carmo Oliveira.