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Google: Inteligência artificial deteta cancro melhor que os médicos

A Google, ao longo dos anos, tem apostado em projetos de Inteligência Artificial de ‘deep learning’ e os resultados hoje permitem que, a sua tecnologia, consiga acertar no tipo de cancro num paciente com uma taxa de sucesso na ordem dos 89%.

Pese o facto de, em muitos casos, a identificação do cancro ser muito complicada, a Google está já no caminho certo para resolver este grave problema.

Determinar o tipo de cancro de um paciente é uma tarefa, por vezes, complexa e complicada e, nalguns casos, as diferenças de opinião e avaliação por parte dos patologistas e oncologistas podem colocar a saúde do paciente em risco, se for cometido um erro.

Felizmente, a Google na incansável perseguição do conhecimento, poderá nestas situações resolver o problema dos prognósticos errados já num futuro breve.

Segundo uma publicação da empresa, a Google desenvolveu inteligência artificial que pode aprender a detetar diferentes tipos de cancro e fazer um diagnóstico com uma fiabilidade de 89%, em contraste com os 73% de um médico, um número que cai para 48% quando se trata de um diagnóstico de vários peritos, de acordo com os documentos em revistas pelos investigadores da gigante das pesquisas.

Ao nível da inteligência artificial, a Google tem software muito avançado de reconhecimento de imagem, o mesmo que tem usado para equipar os seus carros autónomos, mas neste caso é usado para examinar as imagens de alta resolução das células retiradas de pacientes para verificar se sofrem de algum carcinoma.

Este é um processo a que tanto os patologistas como os oncologistas também recorrem, seja às imagens seja à sua experiência. Claro que os médicos não têm milhões de milhões de imagens, retiradas dos pacientes, para usar como referência e assim identificar que doença está a afetar o paciente.

O processo parte de uma base de milhões de imagens que leva a “máquina” a aprender e a diagnosticar as doenças comparando e recorrendo a muitas referências sobre o assunto. O software então começa a entender e aprender, permitindo depois identificar uma nova imagem que seja de um possível cancro.

Poderá a IA da Google substituir os médicos?

Naturalmente que não. Este sistema não tem como finalidade substituir os especialistas da doença, no entanto, é preciso, porque existe ainda uma grande percentagem de falsos positivos e também outras formas estranhas detetadas da doença, um sistema que ajude os peritos a lidar com as impassibilidades dos sistemas tradicionais, de avaliação pela observação.

Assim, o sistema Inteligência Artificial da Google tem como objetivo, então, servir como uma análise inicial. Uma vez dado o parecer da máquina, o especialista pode economizar tempo a verificar e passará um nível seguinte na avaliação do paciente.

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