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IE perde quota de mercado na Europa…

depois da disponibilização do célebre ecrã de escolha de Browsers.

Não se trata de uma perda residual e que deva ser de alguma forma menosprezada, já que esta tendência se registou em países com um mercado bastante importante na quota de navegadores existentes, falamos entre alguns casos França, Inglaterra e Itália.


Como é do conhecimento público, a introdução do ecrã para escolha de browsers rivais (conhecido como ballot screen), foi uma forma para a Microsoft “apaziguar” as relações com a União Europeia devido ao processo antitrust que o organismo europeu tinha levantado à empresa de Redmond.

A queixa originalmente foi apresentada à comissão europeia pela Opera Software, que acaba por ser, segundo os dados revelados, uma das mais beneficiadas neste processo. A empresa Norueguesa, reportou que desde que o ecrã foi lançado, os downloads do seu navegador Opera mais que duplicaram na Europa. Aliás em países como Itália, Espanha e Polónia, os downloads do seu browser triplicaram. Em Portugal os valores seguiram a tendência dos restantes países da zona euro.

Também a Mozilla, que foi originalmente uma das organizações que apoiou este processo, anunciou que verificou um forte aumento de downloads do Firefox. A fundação responsável pelo popular browser open source, espera ainda verificar alguns aumentos nos downloads, assim que o Ballot Screen atinja os restantes países europeus em que o ecrã de escolha de navegadores, ainda não foi disponibilizado.


Mas de que valores estamos a falar de perda efectiva do Internet Explorer?

Segundo o site de estatísticas Statcounter, o browser da Microsoft em Março, perdeu cerca de 2.5% de quota na França em relação a Fevereiro, em Inglaterra registou-se um decréscimo de 1% e em Itália 1.3 pontos percentuais.

Contudo, o ecrã de escolha está longe de recolher consenso principalmente por parte dos autores de navegadores com quota de mercado mais baixa. Os autores do Flock, por exemplo, queixam-se que não é imediatamente perceptível no ecrã que é possível realizar o scroll para a direita para mostrar outros navegadores além dos 5 mais populares.

No caso do Flock, o ecrã apenas originou um aumento marginal de downloads do seu browser em relação ao que era habitual. Isto levou a que os mesmos interpusessem uma petição à comissão europeia com possíveis modificações ao ecrã, que impliquem que os browsers menos utilizados na zona direita do ecrã, tenham mais possibilidades de serem encontrados.

Parece que o ecrã ainda está longe de agradar a todos. Mas terá sido este um passo importante para demonstrar aos utilizadores que têm alternativas tão boas (ou melhores) ao IE? Os dados parecem concluir que de facto os utilizadores receberam bem o ecrã de escolha e estão a fazer uso efectivo dele para escolher.

Provavelmente, a hegemonia no plano europeu do IE estará em risco, mas será com certeza um incentivo adicional para a Microsoft apostar cada vez mais na inovação e qualidade do seu browser de modo a poder competir com a concorrência cada vez mais acesa neste mercado. E se assim for, todos iremos ver os benefícios desta guerra acesa. Reuters

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