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HAMA: Made in China – mas acima de tudo, alemã!

Quando é que uma marca de acessórios Made in China é algo mais do que apenas uma marca de acessórios… Made in China? Uma resposta possível poderá ser: “quando é a Hama”.

O Pplware esteve na cidade alemã de Monheim a convite da Hama para visitar a sede e o centro logístico da empresa. Saiba o que vimos por lá.


Para quem conhece a empresa, a Hama surge certamente como “mais uma marca de acessórios” (neste caso, sobretudo acessórios para fotografia, áudio, vídeo, TV e telecomunicações).

Por isso, o convite que a Hama endereçou ao Pplware não podia ser mais claro nas suas intenções:

Gostávamos que viessem à Alemanha ver a nossa sede e o centro logístico, porque só assim é possível verem que a Hama é de facto uma empresa diferente das outras.

O melhor que podemos dizer desta nossa viagem é que chegámos cépticos e saímos convencidos. De facto, a Hama esforça-se efetivamente por acrescentar valor aos seus produtos, sobretudo com uma forte componente de controlo de qualidade, de forma a se assegurar que os produtos que coloca no mercado (especialmente na Europa) estão conformes, ou até superam, as normas de qualidade e segurança exigidas.

Mas vamos por partes…

Quem é afinal a Hama?

Conhecida sobretudo na Alemanha, onde foi fundada em 1923 (há uma timeline), a empresa está presente em Portugal desde há 10 anos, onde entrou inicialmente com as suas linhas de acessórios de fotografia.

Hoje, a empresa opera em várias frentes: com produtos de marca Hama; com marcas próprias em segmentos específicos (bolsas “a-ha” ou mochilas “Coocazoo”, por exemplo), com distribuições exclusivas (acessórios de TV da Thomson, colunas Bluetooth da Fresh&Rebel…) e distribuições não-exclusivas. As distribuições não-exclusivas dependem de cada um dos mercados. Por exemplo, em Portugal, a Hama é um dos distribuidores da Sandisk (cartões de memória, pens USB e SSDs).

Globalmente, a Hama fatura cerca de 500 milhões de euros por ano, estando a crescer em Portugal a um ritmo acelerado, pelo que nos disse o CEO da empresa em Portugal, Filipe Barbosa (mais de 3,5 milhões em 2016 e com previsão de 5 milhões para 2017). Neste Centro Logístico a Hama emprega mais de 1500 funcionários.

Isto tudo para chegarmos ao que interessa: como pode uma “simples” empresa de acessórios faturar tanto e estar a crescer tanto num mundo em que “tudo é igual” — cabos, capas para telemóveis, baterias…? Ora, foi isso mesmo que a Hama quis explicar à Pplware e que, sinceramente, seria muito difícil perceber de outra forma que não através da visita que fizemos.  

Vídeo mostrado no centro de logística

A nossa visita à HAMA

Durante um dia inteiro o Pplware percorreu cerca de 5km para conhecer todas as instalações internas que fazem para da sede e do centro logístico da empresa. Rapidamente percebemos que, ao contrário da ideia que tínhamos, a HAMA é uma mega empresa que aposta na tecnologia para vender tecnologia.

A nossa visita iniciou-se por uma pequena zona de apresentação de produtos para crianças e não só, onde podemos ver a nova gama de mochilas que possuem vários pormenores interessantes e tecnologia incorporada.

Passamos depois para os departamentos de controlo de qualidade do produto, onde de facto a empresa faz um bom investimento e também trabalho excepcional, pois todos os produtos são submetidos a uma avaliação rígida, aos mais diferentes níveis. Apesar dos produtos, na sua totalidade, não serem produzidos na Alemanha, a empresa consegue assim garantir a qualidade e especificações técnicas de todos os componentes. 

Quando adquirimos um acessório raramente pensamos se de facto as características anunciadas são as que realmente fazem parte desse produto. A nossa tendência inicial é comparar o preço e, por norma, adquirimos o mais barato considerando que de facto a marca cumpre com o que diz na caixa. No entanto a verdade nem sempre é essa e o controlo do qualidade dos componentes é algo que nem sempre é feito por empresas que atuam neste segmento.

Para efetuar o controlo de qualidade, a Hama recolhe várias amostras de componentes que vêm da china e analisa-os meticulosamente.

Nestes departamentos de qualidade são analisadas desde pilhas, interfaces de comunicações, voltagens, realizados testes de stress para avaliar o comportamento e durabilidade dos componentes, etc.

Por exemplo, um dos testes a que assistimos foi ao teste de stress a mochilas. Cada mochila pesa entre 10 a 12 kgs e passam por 20 mil ciclos de “abanar”.

A visita à Hama serviu também para relembrar quase todos os smartphones que já passaram pelo mercado. A empresa guarda um bom número de smartphones que usou no passado para realizar os mais diversos testes com os seus acessórios.

Num próximo artigo vamos mostrar os restante setores da empresa. Podemos desde já adiantar que ficamos surpreendidos e maravilhados com toda a plataforma de embalagem, armazenamento e distribuição de produto que apenas termina já dentro dos camiões que depois fazem a distribuição pela Europa.

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