Desde que o mundo é mundo que as guerras fazem parte de vários momentos ao longo da história. Mas com a evolução dos tempos, os ataques geopolíticos têm tomado outras formas, onde a tecnologia está também amplamente envolvida. E agora as autoridades sul-coreanas afirmam que os hackers da Coreia do Norte têm como alvo os exercícios militares entre os Estados Unidos e a Coreia do Sul.
Hackers da Coreia do Norte atentos aos movimentos militares rivais
De acordo com as informações avançadas pela Reuters, supostamente alguns hackers norte-coreanos têm como mais recente alvo um exercício militar conjunto entre os Estados Unidos da América e a Coreia do Sul que será realizado nesta semana. A notícia foi avançada pela polícia da Coreia do Sul neste domingo (20), a qual também adiantou que, até ao momento, nenhuma informação sensível foi comprometida.
Estes exercícios militares conjuntos entre os dois países vão ter início nesta segunda-feira (21) e são, no fundo, exercícios de verão de 11 dias do Ulchi Freedom Guardian. O objetivo desta ação é melhorar a sua capacidade de responder às crescentes ameaças nucleares e de mísseis vindos da Coreia do Norte. Contudo, a Coreia do Norte opõe-se a estes mesmos exercícios pois, a seu ver, são preparativos dos Estados Unidos e da Coreia do Sul para uma invasão.
Segundo os detalhes da notícia, acredita-se que os hackers estejam ligados a um grupo norte-coreano designado de Kimusky. Em comunicado, a Agência da Polícia Provincial de Gyeonggi Nambu disse que o grupo realizou a invasão por e-mail para empreiteiros sul-coreanos que trabalham no centro de simulação de guerra de exercícios combinados da Coreia do Sul e EUA. Mas as autoridades afirmam que “foi confirmado que as informações militares não foram roubadas“.
A Coreia do Norte negou qualquer participação em ataques cibernéticos, mas, segundo os investigadores, o grupo de hackers Kimsuky já havia usado anteriromente o envio de e-mails como prática de “spear-phishing”, que leva os alvos a fornecer passwords ou a clicar em anexos ou links que carregam malware.
A investigação entre a polícia sul-coreana e os militares norte-americanos descobriu que o endereço IP usado nesta manobra correspondia ao identificado num hack de 2014 contra o operador do reator nuclear da Coreia do Sul.