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Greve dos combustíveis: Já há um “Manual de Sobrevivência”

Ainda não se sabe muito bem o que acontecerá no próximo dia 12 de agosto, data em que está prevista mais uma greve dos motoristas de materiais perigosos. Enquanto as negociações decorrem, há quem se vá precavendo.

A Deco reuniu e disponibilizou um conjunto de dicas para o ajudar a lidar com a possível falta de combustível.


Agora que o dia 12 está prestes a chegar e que a greve dos motoristas de materiais perigosos é cada vez mais uma realidade, as filas para os postos de combustível já se começam a formar. Apesar da preocupação ser real, há que ter calma e a Deco criou algumas dicas de “sobrevivência”.

1. Abastecer o carro

Ateste o carro dois ou três dias antes do início da greve. Utilize-o apenas para as deslocações indispensáveis e procure fazer uma condução eficiente, para gastar menos combustível.

Planeie as viagens mais longas com recurso a um GPS (dedicado ou app) ou uma calculadora de rotas na Internet. Assim, poderá prever o gasto de combustível.

Durante a paralisação, se for declarada uma crise energética, todos os postos de abastecimento são obrigados a afixar em local bem visível a lista de postos de emergência onde poderá encontrar combustível. A lista também estará acessível no site da Entidade Nacional para o Setor Energético.

De acordo com o ministro do Ambiente e Transição Energética, João Pedro Matos Fernandes, o abastecimento máximo vai estar limitado a 15 litros de combustível diários a partir das 00h00 da próxima segunda-feira, dia 12, primeiro dia da greve.

2. Regras para os jerricãs

Pelas limitações legais e, sobretudo, por ser perigoso, desaconselham-se os consumidores a recorrerem aos jerricans para enfrentar a crise dos combustíveis.

É proibido, devido ao risco de libertação de vapores e inflamação, armazenar nas arrecadações dos prédios combustíveis líquidos, tais como gasolina. Há limites para transportar jerricãs num carro particular: o máximo são 60 litros por recipiente (em espaço nacional). O limite por unidade de transporte são 240 litros. Caso pretenda trazer de Espanha o limite são 10 litros – saber mais aqui. Quem não respeitar as regras incorre numa coima entre 750 e 2250 euros. No caso das pessoas coletivas, a coima varia entre 1500 e 4 500 euros.

Os jerricãs para transportar combustível devem ser homologados para essa finalidade. Não podem ser usados outros recipientes.

3. Transportes públicos, carpooling, bicicletas e trotinetes

Dê preferência às deslocações feitas através dos transportes públicos. É pouco provável que sejam afetados, pois a proposta de serviços mínimos dos sindicatos que convocaram a greve inclui o abastecimento destes serviços.

Se precisar de informações adicionais, acompanhe a atualizações dos serviços nos sites das respetivas empresas, como CP, Rede ExpressosMetro de Lisboa e Metro do Porto.

4. Trabalho e saúde

Se não está de férias durante o período da greve, e se a sua atividade pode ser desempenhada à distância, tente negociar com a entidade patronal a possibilidade de trabalhar em casa. A empresa não é obrigada a aceitar como justificadas as faltas ao trabalho devido a greve.

Na área da saúde, os serviços mínimos garantem as deslocações dos casos de urgência. Para outras situações, por exemplo, consultas já marcadas, pode tentar remarcar para outra data. Se estiver a tomar alguma medicação cuja embalagem esteja a terminar perto da data da greve, garanta uma embalagem a mais do medicamento.

5. Despensa e frigorífico

Para evitar deslocações extra, vá ao supermercado antes da greve. Aposte em produtos com uma duração mais alargada, para evitar o desperdício de alimentos. Se comprar produtos frescos, como verduras e fruta, deve consumi-los em primeiro lugar, para não se estragarem. É ainda possível comprar carne e legumes em quantidades acima do habitual, para congelar. Veja as nossas dicas para deixar o frigorífico em ordem.

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