Passará por cá, já no próximo dia 1 de setembro, um NEO (Near-Earth Object), isto é, passará um grande objeto próximo da Terra.
Esta passagem, segura, ocorrerá a cerca de 18 vezes a distância da Terra à Lua.
Segundo a NASA, este asteróide passará a uma distância de 7 milhões de quilómetros. Dadas as suas dimensões, o Florence, nome dado a este grande asteróide, está entre os maiores asteróides que já se cruzaram com a Terra e tem vários quilómetros de diâmetro.
As medições da missão Spitzer Space Telescope e da missão Near-Earth Object Wide-Field Infrared Survey Explorer (NEOWISE) da NASA, indicam que tem um diâmetro de cerca de 4,4 quilómetros.
As dúvidas que se levantam à passagem de um asteróide desta dimensão perto da Terra são rapidamente desfeitas e é percebido o seu impacto, pelas palavras de Areg Mikayelyan, diretor do Observatório de Byurakan:
O asteróide não apresenta qualquer ameaça à Terra. Irá apenas deixar um efeito gravitacional.
Mikayelyan acrescentou também que a NASA mantém um programa de monitorização constante sobre asteróides (15.000 asteroides registados na sua base de dados) e avalia as possíveis ameaças.
A passagem, segundo o astrónomo e de acordo com os cálculos, demorará 12 dias e não se precipitará em direção a outro objeto para desviar a sua órbita. Assim, Florence não representa uma ameaça para o nosso planeta, embora se considere que passa perto de Terra. Mesmo o efeito gravitacional não será visível no nosso planeta.
Para termos ideia do que será o efeito gravitacional, podemos dar como exemplo a atração gravitacional da Lua que provoca a alteração nas marés na Terra. Contudo, uma vez que o asteróide é muito menor do que a Lua, deixará um efeito insignificante.
O asteróide Florence foi descoberto por Schelte Bus no Observatório Siding Spring na Austrália em março de 1981. O seu nome foi atribuído em honra a Florence Nightingale, a fundadora da enfermagem moderna.
O encontro de 2017 é o mais próximo deste asteróide desde 1890 e o mais próximo até que ele voltará a passar por estes lados em 2500. Irá ficar visível a pequenos telescópios durante várias noites à medida que se desloca através das constelações em que ele se mova. As constelações de Piscis Austrinus (Peixe Austral), Capricornus, Aquarius e Delphinus.