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Governo Chinês lança programa de créditos sociais para cidadãos

Já foram retratados em várias séries alguns casos em que os cidadãos eram avaliados segundo um esquema de pontuações individual.

Transpondo a ficção para a realidade, o Governo Chinês anunciou um sistema de créditos sociais com sanções para quem tiver nota negativa.


Na ficção, já várias séries retrataram um mundo imaginário onde os cidadãos recebem privilégios ou penalizações dependendo de uma nota social, com essa classificação a ser atribuída consoante o seu comportamento online ou na sociedade.

Transformando a ficção em realidade, o governo chinês anunciou um programa de “crédito social” em que os cidadãos poderão ser proibidos de andar de avião ou comboio durante um ano se possuírem uma nota negativa.

Crédito social irá definir penalizações de cidadãos chineses

Com início já em maio, o governo chinês anunciou um programa de créditos sociais, que espera ter totalmente funcional em 2020, onde os cidadãos recebem uma nota consoante o seu comportamento na sociedade ou online. De forma a definir a classificação, são vários os elementos que vão ser contabilizados como os problemas de crédito, multas ou infrações (como fumar onde é proibido). Além disso, haverá também a hipótese de empresas privadas participarem na classificação com os seus dados, como é o caso do historial de compras no Alibaba.

Quando um cidadão tem uma nota negativa, inicialmente, será impedido de viajar em comboios ou aviões. Contudo, não se sabe bem quais os planos do governo chinês, podendo ser adicionadas outras penalizações mais severas no futuro.

Alguns documentos que têm sido descobertos sugerem que poderão haver limitações com a empregabilidade no setor público, com o acesso à segurança social, com as reservas em hotéis e restaurantes, com as escolas privadas que as crianças podem frequentar, com o acesso a cargos mais altos ou mesmo com um controlo muito maior na alfândega.

Com este sistema, o governo chinês irá aumentar o controlo que tem sobre a sua população e conseguirá centrar numa plataforma um grande número de dados sobre cada cidadão com o qual irá decidir as regalias ou penalizações que atribui.

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