As gigantes têm sido alvo de várias acusações relacionadas com discriminação. Aliás, a Google está agora a ser processada por 10.000 mulheres, por disparidades salariais entre géneros.
A queixa exige à gigante da tecnologia 600 milhões de dólares de indeminização.
600 milhões de dólares por disparidades salariais entre géneros
Conforme adianta a Bloomberg, quatro mulheres, outrora funcionárias da Google, ganharam o estatuto de ação de classe, de forma a prosseguir com um processo de disparidade salarial entre géneros. O processo original foi interposto por Kelly Ellis, Holly Pease e Kelli Wisuri. Após ser rejeitado, em 2017, retomou no ano seguinte com mais uma queixosa, Heidi Lamar.
Agora, o processo aplicar-se-á a 10.800 mulheres que ocuparam cargos na gigante da tecnologia, desde 2013. Esses que englobam uma vasta gama de profissionais, desde engenheiros, gestores de programa, vendedores e, pelo menos, uma professora.
A exigência de 600 milhões de dólares de indeminização parte da premissa de que a Google violou a Lei da Igualdade de Remuneração da Califórnia, uma vez que a gigante da tecnologia lhes pagava menos do que aos seus homólogos masculinos. Afinal, as trabalhadoras ganham quase 16.800 dólares a menos do que um homem que ocupe uma posição semelhante.
Esta análise foi feita pelo economista da UC Irvine, David Neumark.
Mais do que isso, alegam que eram promovidas de forma mais lenta e com menos frequência.
De acordo com o alegado no processo, a Google utilizava informações salariais anteriores, tendo, com isso, perpetuado a desigualdade. Embora tenha suspendido essa prática, em 2017, não conseguiu resolver as lacunas salariais.
Google nega as acusações da base do processo
A Google nega as alegações principais da ação judicial levada a cabo pelas mais de 10.000 trabalhadoras. No entanto, o processo levou a que a Google seja observada relativamente ao tratamento das mulheres.
Em fevereiro, a gigante da tecnologia chegou a um acordo com o Departamento do Trabalho acerca da compensação sistémica e o recrutamento discriminatório para os seus escritórios na Califórnia e em Washington. Além disso, concordou em pagar mais de 2,5 milhões de dólares a mais de 5.500 funcionários e candidatos que tivessem enfrentado disparidades salariais.