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Google Pixel 4: o estranho caso do smartphone que copiou o iPhone 2019

Quatro meses antes da sua expectável apresentação oficial, já conhecemos o smartphone Google Pixel 4 em grande detalhe. Mas, além do óbvio – um novo smartphone Android – o que é que isto nos diz sobre o mercado mobile e sobre o predar da nossa atenção enquanto consumidores, e leitores?

Há, acima de tudo, uma cultura do leak, bem como o estímulo ao consumo impulsivo, mas há mais…


Em primeiro lugar. O que é um “leak”? Uma pinga, uma fuga de informação, uma banalidade em boa verdade. Atualmente já é tão comum vermos uma foto de um produto, um sussurro, ou mesmo uma lista completa de especificações técnicas. Em suma, já nem a Google quer saber da cultura dos “leak”.

A Google arruinou o fator surpresa e a cultura dos leaks

Estamos em junho, meados do mês. Olhando para o passado e para o calendário, contamos com a apresentação da geração Google Pixel 4 em outubro próximo. Entretanto, já sabemos que teremos fugas de informação, mas nada nos preparava para esta postura da gigante norte-americana. Foi…ousado!

Contextualizando o leitor, há cerca de dois dias reportamos uma grande fuga de informação. Entretanto, as consequências da mesma começaram a tornar-se óbvias, expondo um esquema que transcende a Google. Em boa verdade, uma realidade transversal a praticamente qualquer fabricante mobile.

Bem, já que há algum interesse, aqui está ele! Agora esperem para ver do que ele é capaz. #Pixel 4, assim se lê a legenda que acompanha a exposição feita pela própria tecnológica.

Ao propósito importa frisar que esta confirmação da Google surgiu um dia depois de uma fonte ter divulgado a mesma imagem, ou algo extremamente similar. Em si, seria uma imagem interessante, ainda que algo banal. Contudo, iria gerar proveitos para a fonte dessa mesma fuga de informação.

O Google Pixel 4 pertence apenas e somente à Google

É uma forma clara da empresa dizer que as fugas de informação são algo abjeto. A primeira e última palavra pertence à empresa, não a terceiros. Assim, a tecnológica acaba de subir a parada e agora estamos realmente entusiasmados para conhecer o smartphone Android na sua versão final.

Acima podemos ver a publicação prévia, datada de 10 de junho que certamente chegou ao conhecimento da empresa. Perante isto, a tecnológica de Sundar Pichai quis marcar uma posição contra a cultura das fugas de informação. Desse modo, afirmam-se como única fonte que o fã, ou consumidor, devem seguir.

Já, como seria de esperar, isto veio irritar vários meios dedicados aos leaks e variadas pingas de informação. Sobretudo através do Twitter, as repercussões da jogada audaz da Google foram variadas, mas sentiu-se uma atmosfera de irritação. Afinal de contas, o que são os leaksters sem os…leaks?

No entanto, a postura da Google não pode colocar um travão definitivo nas fugas de informação. Não quando todos temos uma câmara fotográfica nos nossos bolsos e quando um dos protótipos do Google Pixel 4 estaria já em utilização. Ao propósito, vemos acima uma foto colhida algures em Londres.

O que podemos realmente esperar deste smartphone Android?

Contamos, em primeiro lugar, com dois modelos. O Pixel 4, bem como o Pixel 4 XL. Ao nível do processador teremos o Snapdragon 855 da Qualcomm, bem como 8GB ou mais memória RAM. No entanto, é nas câmaras fotográficas que recai naturalmente a nossa atenção.

Face aos prodígios fotográficos do passado, a Google quererá subir a fasquia em 2019 e, pela primeira vez, utilizará pelo menos dois sensores fotográficos na traseira. Relembro, contudo, que o Pixel 3 XL já conta com duas câmaras no seu módulo frontal.

Em seguida, podemos ver que os Google Pixel 4 abdicarão da utilização de dois materiais na sua traseira. Em vez do vidro e o do metal, teremos apenas um dos dois e claro, um grande quadrado na sua porção superior esquerda, agora também sem o leitor de impressões digitais nesta traseira.

Além disso, qualquer semelhança com a possível geração de iPhones para 2019 também não parece ser uma coincidência. Não estando a sugerir um conluio entre a Apple e a Google, é deveras curioso ver um design tão similar, pelo menos nesta fase prévia e pautada pelos rumores.

iOS ou Android, o design dos líderes pode ser similar

Esta é uma das conclusões que podemos tirar a partir deste material. Seja o iPhone, seja o Pixel, tenha o iOS 13 ou o Android Q no seu interior, há uma semelhança inquietante entre ambos. Já, por outro lado, teremos realmente um topo de gama da Google que pode ombrear com o iPhone, pelo menos no papel.

E no meio de tudo isto, o que é que esta postura da Google nos diz? Que o seu próximo produto já está a ser planeado há meses. Que será mais um smartphone Android, tal como o iPhone será mais um smartphone iOS e nestas entrelinhas temos os ingredientes para criar o entusiasmo nos futuros consumidores.

Ainda assim, não deixa de ser uma jogada muito ousada por parte da Google e esperemos realmente que o seu próximo produto venha a igualar as nossas, e as suas expectativas. Enquanto isso já desde o início de 2019 que vemos várias fugas de informação e vídeos com um design extremamente similar.

Será uma mera coincidência? Ou ter-se-á apercebido a Google que o design do iPhone será mesmo esse, daí  querer “estragar a surpresa” à tecnológica de Cupertino? Em setembro e outubro próximo teremos as respostas oficiais.

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