Com a obrigação de confinamento da população mundial, mas com necessidade de desempenhar as tarefas profissionais, as ferramentas de teletrabalho, trabalho remoto e videoconferências ganharam outra importância. Apareceram mesmo casos de um sucesso estrondoso, como foi com a plataforma Zoom, que teve um crescimento incrível, passando de 10 milhões de utilizadores, em dezembro passado, para mais de 300 milhões, este mês. Assim, as outras plataformas começaram também a reagir. O Google Meet anunciou que está agora gratuito para qualquer pessoa.
Segundo a empresa, até 30 de setembro de 2020, os clientes do G Suite poderão usar os recursos avançados de videoconferência da plataforma. Estas novidades estarão a ser disponibilizadas de forma faseada e chegarão a todos nas próximas semanas.
Uma plataforma acessível a toda a gente
Até há pouco tempo, a plataforma Google Meet estava apenas disponível para clientes do setor empresarial ou de educação, via G Suite. Todavia, a plataforma está agora aberta a qualquer pessoa que faça questão de utilizá-la.
A empresa anunciou que qualquer indivíduo com uma conta Google poderá aceder e criar reuniões, de forma gratuita, de até 100 pessoas. Para já, cada chamada pode durar tempo indeterminado. Contudo, a Google prevê, a partir de setembro, restringir a duração para 60 minutos.
Google preza a segurança dos utilizadores
Na plataforma Zoom, qualquer pessoa pode entrar numa reunião, através de um link de acesso, mesmo sem estar registada. No caso da Google Meet isso não vai ser possível. A fim de garantir que o anfitrião controla melhor a reunião, qualquer pessoa que queira aceder terá de fazer login na plataforma.
Além desta, a Google vai introduzir outras medidas de segurança. Assim, as pessoas que não forem adicionadas a uma reunião, através de um convite, serão automaticamente colocadas numa sala, quando tentarem ingressar nela. Assim, garante que só terão acesso à videoconferência se o anfitrião permitir a sua entrada.
Para além desta, a versão gratuita não vai fornecer números de acesso fixo para as reuniões.
A fim de evitar os problemas de segurança vinculados ao Zoom, a Google tomou precauções. Assim, estas medidas, e outras que possam surgir, focadas na segurança, são uma forma de a Google diferenciar o seu produto da plataforma do momento, que registou um crescimento gigante, apanhando a Google e a Microsoft desprevenidas.
Uma ponte progressiva entre a Google Meet e a Hangouts Chat
Alguns dos utilizadores da Google devem recordar-se, se é que já não usam, da Hangouts Video Chat, um dos produtos do longo legado da Google. A empresa diz que a Google Meet será uma transição, ao longo do tempo, da Hangouts Video Chat. Assim, a Google garante que a plataforma, quer para empresas, quer para particulares, é a mesma. Esta realidade pode agradar a clientes do setor empresarial, uma vez que procuram sistemas sólidos e seguros.
De forma a melhorar a performance da app, a Google Meet foi recentemente atualizada para permitir que todos os integrantes da reunião sejam vistos em grelha. Este estilo Brady Bunch foi popularizado pelo Zoom e agora adotado pela Google Meet.
O mesmo método, mas melhor
Ao contrário dos concorrentes, a Google está a manter o G Suite e os seus produtos em aplicações web-first. Desta forma, permite a constante atualização e a mais fácil gestão, tendo em conta as aplicações nativas, quer do Windows, como do macOS.
A fim de não correr o risco de perder ou fechar a reunião, aquando uma grande quantidade de separadores, a Google está a apresentar um novo patamar para o G Suite. Incluindo o Meet e o Drive, o G Suite Essentials não vai incluir o Gmail.
Como funciona?
Google vai associar o Meet ao Gmail
Em consonância com todas as alterações e medidas que a Google associou à sua nova plataforma gratuita, a empresa está a trabalhar na integração dela no Gmail, tanto nas versões G Suite, como nos endereços dos utilizadores regulares do Gmail. Assim como a Microsoft aproveitou o seu domínio do Office para levar os utilizadores ao Teams, a Google está a utilizar o poder do Gmail para promover a plataforma de videoconferência.
Apesar dos problemas de autoconfiança da Google, quando se trata de produtos relacionados com mensagens e conferências, a empresa, assim como a Microsoft, vai fazer de tudo para tirar poderio ao Zoom.
Leia também: