Um foguete Ariane 5 descolou ontem, do Centro Espacial Europeu em Kourou, Guiana Francesa, com quatro satélites que irão fazer parte do sistema Galileo. Com estes novos satélites, o sistema de navegação europeu Galileu passa a contar com 26 satélites.
O foguete Ariane 5 é um lançador descartável que tem como objetivo colocar satélites artificiais em órbitas geoestacionárias e de enviar cargas para órbitas de baixa altitude.
O voo VA244 do Ariane 5, operado pela Arianespace sob contrato com a ESA, descolou do Porto Espacial Europeu em Kourou, na Guiana Francesa, às 11:25 GMT (13:25 CEST, 08:25, hora local), transportando os satélites Galileo 23-26.
O primeiro par de satélites de 715 kg foi lançado quase 3 horas e 36 minutos após o lançamento, enquanto o segundo par foi lançado 20 minutos depois.
Veja o foguete Ariane 5 a decolar
O sistema Galileo tem atualmente já mais de 200 milhões de utilizadores. Ao contrário do sistema norte-americano GPS e o russo GLONASS, que são controlados por militares, o Galileo é controlado a nível civil. Além disso o “GPS europeu” promete uma geolocalização dez vezes mais precisa, comparativamente ao GPS ou ao GLONASS o que significa que, quando toda a rede de satélites Galileo estiver operacional, o sistema conseguirá indicar qualquer posição na Terra com um desvio máximo de um metro.
A rede, na sua totalidade, terá 24 satélites operacionais, e 6 de reserva, a uma altitude de 23 222 Km. O Galileo usa os mais precisos relógios atómicos – quatro em cada satélite – alguma vez usados para funções de geolocalização. O “GPS europeu” foi um projeto lançado em 1999 pela União Europeia mas só em 2020 estará totalmente completo. O total de investimento ronda os dez mil milhões de euros.