Depois de se tornar conhecido o projeto da Google para desenvolver uma versão limitada do seu motor de pesquisa para a China, muitos trabalhadores levantaram várias questões éticas.
Agora, um largo número de colaboradores da gigante americana está a assinar uma petição para que este projeto seja abandonado.
Recentemente surgiram informações sobre um projeto que a Google estaria a desenvolver para a China com uma versão limitada e censurada do seu motor de pesquisa.
Após anos de resistência às exigências do governo chinês, muitos estranharam a decisão da Google de avançar com este projeto e deixar de lado as várias questões éticas que poderão ser ultrapassadas com o lançamento desta versão da sua plataforma.
Quem também não gostou desta decisão foram os trabalhadores, que também levantaram várias questões relativamente a estes desenvolvimentos e a todo o secretismo que tem sido imposto a quem está a trabalhar nesta plataforma com nome de código DragonFly.
Segundo o New York times, de forma a tentar fazer ouvir a sua opinião, mais de 1000 colaboradores já rubricaram um abaixo assinado que tem sido divulgado pelos meios de comunicação internos da gigante americana.
Com esta petição, os trabalhadores pretendem que este projeto seja abandonado e que seja estabelecida uma política mais transparente nos trabalhos em desenvolvimento dentro da empresa. Além disso, querem ainda que os colaboradores sejam inseridos na análise ética dos projetos considerados controversos.
Esta já não é a primeira vez que os colaboradores contestam contra projetos em desenvolvimento, depois de terem criticado o envolvimento da Google no projeto militar, com nome de código Maven, a ser realizado pelo governo americano na área da inteligência artificial.
Se no caso do projeto com o pentágono a Google se comprometeu a não renovar o contrato com o governo americano, já neste novo projeto para a China a empresa remeteu-se ao silêncio e disse que não iria comentar por agora.