Já lá vai o tempo em que a Mozilla desafiava os utilizadores a bater records de downloads de uma versão nova do Firefox. Se ainda se lembram, em tempos promoveu mesmo The Download Day. Estávamos no ano de 2008 e a sede por inovação era muita. Nessa altura em 24 horas foram descarregados mais de 8 milhões de vezes o Firefox 3 e entrou para o Guinness dado o feito conseguido.
Depois da Microsoft ter publicado números sobre as primeiras 24 horas de downloads do seu Internet Explorer 9, a Mozilla lança o Firefox 4 e mostram também os seus números… numa braço de ferro com o mundo dos browsers.
O objectivo da Mozilla é bater outro recorde de downloads, para isso, além de disponibilizar o link directo para download, a empresa “obrigou” os utilizadores de versões anteriores a fazer a actualização automática. A propaganda é forte e o Firefox tem necessidade de dizer que está vivo de com saúde, apesar do seu maior parceiro e investidor ter lançado uma ofensiva para capturar parte da sua quota de mercado.
Esta nova versão do Firefox tem, naturalmente, argumentos para se tornar o browser mais utilizado pelos Internautas. Apenas poderá ter problemas com a altura em que foi apresentado. Foram semanas demasiado ricas em novas versões, vindas de todos os lados. No entanto no final tudo voltará ao equilíbrio natural e cada um recuperará a sua quota normal. As excepções vão vir de utilizadores que normalmente acompanham as tendências e escolhem em função do que realmente pretendem. No entanto estes são marginais face ao total de utilizadores.
A próxima guerra de números vai ter lugar nas estatísticas de utilização. Se o número de downloads é um excelente indicador, para ver o interesse dos utilizadores face à novidade apresentada, será nas estatísticas de utilização que vai ser provada a real aceitação de todas as novidades implementadas neste novo Firefox.
As armas que a Mozilla preparou para este primeiro embate foram expressas em contadores de downloads, à imagem do que já tinha feito anteriormente. Podemos ver, para além da contagem de downloads, um mapa onde podemos ver em tempo real de onde eles estão a ser feitos e ver num gráfico temporal os downloads efectuados. Se são apreciadores deste tipo de estatísticas então podem consultar a página Mozilla Glow e ver esses dados a serem representados em tempo (quase) real.
A concorrência está forte, mais forte que nunca e este browser trouxe algumas novidades fortes. Mas serão elas capazes de fazer frente aos restantes browsers que estão no mercado actualmente? A experiência pessoal indica-nos que sim, mas serão os milhões de utilizadores espalhados pela Internet a dar ou não o seu aval. Esta é sem dúvida a base para os futuros desenvolvimentos que a Mozilla pretende trazer a este browser. Uma base sólida e capaz de dar aos seus muitos milhões de utilizadores uma experiência de navegação rica e intuitiva.
O que tem de novo o Firefox 4
Esta nova versão traz o resultado de muitos meses de desenvolvimento, onde foram lentamente adicionadas as funcionalidades que vão agora encontrar. Existem algumas novidades a nível da interface, o que já vinha sendo disponibilizadas nas versões anteriores e, principalmente, foi focado um ponto muito importante e que é reconhecido ao Firefox, a estabilidade. A separação dos processos dentro do próprio browser permite que em caso de problemas num separador, este seja removido, sem afectar o desempenho global do browser.
Esta versão trouxe de volta o suporte para a maioria dos add-ons desenvolvidos para este browser. As versões beta tinham esta funcionalidade desabilitada por questões de segurança e de desenvolvimento das diferentes versões.
Na mesma linha do que os restantes browsers apresentam, também a Mozilla investiu na utilização da aceleração por hardware para que o seu browser tenha um comportamento mais rico e faça uso pleno do hardware onde corre os conteúdos que a Internet lhe oferece. Aplicações web, jogos e conteúdos multimédia passam agora a ser apresentados com maior fluidez.
