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Exército dos EUA tem dispositivo a laser que aterroriza o inimigo

Para o Departamento de Defesa dos EUA (DoD), “matar pessoas” não é tarefa complicada. É uma constatação dramática mas a razão prende-se com o orçamento de mais de 600 mil milhões de dólares, dedicado anualmente à aquisição de armas e outros dispositivos bélicos.

Não matar, contudo, é mais complicado para este departamento, que está empenhado no desenvolvimento de armas capazes de aterrorizar os inimigos, em vez de lhes tirar a vida.


Disparar para não matar

Seguindo um novo paradigma de combate, o DoD está a desenvolver um novo Programa Conjunto de Desenvolvimento de Armas Não Letais (JNLWD).

O objetivo do programa: desenvolver armas e outros dispositivos que os soldados e forças de segurança possam utilizar para incapacitar alvos sem os matar, embora os danos possam ser severos.

Como podemos ver na descrição disponibilizada do programa, o objetivo do JNLWD é preencher a lacuna entre “gritar e atirar” (na verdade, é um grande avanço das forças armadas reconhecerem que tal lacuna existe).

O último projeto do JNLWD é o sistema de Efeito de Plasma Induzido por Laser Não-Letal (NL-LIPE). Recentemente, foram mostradas imagens do dispositivo em desenvolvimento e é verdadeiramente um espetáculo para ser visto (o som poderá incomodar os seus animais domésticos).

 

Mas onde está a utilidade deste dispositivo?

Os responsáveis do projeto deixam alguns exemplos: imagine que um inimigo está a chegar muito perto da zona de segurança e há uma necessidade de o fazer recuar (quem diz inimigo, diz uma multidão numa qualquer rebelião urbana).

Muitas vezes, os recursos mais utilizados são granadas de atordoamento, um flash de luz ofuscante e ruído que deixa o inimigo desorientado e atordoado. Contudo, estes métodos apenas funcionam se o “inimigo” estiver perto o suficiente para estes sistemas serem bem sucedidos.

Além disso, muitas vezes, no meio das multidões, há “sujeitos” que nada têm a ver com o agressor e que têm de ser poupados. Atualmente, algumas decisões passam por usar arsenal que “arruma com todos” e os inocentes são “danos colaterais”. A evolução dos sistemas de guerra estão, contudo, a introduzir o laser, permitindo um ataque mais cirúrgico, mas letal da mesma forma.

Os laseres, no entanto, podem ter uma ação de combate sem ser letal. Primeiro, o operador NL-LIPE dispara uma rajada de luz no alvo recorrendo a um laser de Femtosegundo. Isso rasga os eletrões das moléculas de ar para criar uma bola de plasma no local alvo.

O operador então manipula a bola de plasma usando um segundo nanolaser, direcionando o plasma para produzir som ou luz, ou até poderá queimar as roupas.

Este disparo poderá ser feito a uma grande distância, sem que o “inimigo” detete o ataque e com efeitos danosos sem serem letais.

A esta altura, o sistema ainda está em testes para ultrapassar algumas dificuldades e limitações. Contudo, tal como já se apresenta, e como referiu à Defense One o chefe da divisão de tecnologia da JNLWDDavid Law, o dispositivo poderia funcionar a uma distância de dezenas de quilómetros.

 

Isso daria mais alcance do que qualquer outra arma não letal

Law referiu também que os investigadores acreditam que estão muito próximos de fazer com que o seu dispositivo “fale” com os “inimigos”, uma espécie de quase-voz assustadora, algo que produzisse um resultado suficiente para fazer com que os inimigos mudassem de direção.

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