Na passada terça-feira a Câmara dos Representantes dos EUA votou a favor da eliminação das regras de privacidade aos fornecedores do serviço de Internet. Uma semana antes, já o Senado tinha votado no mesmo sentido. Para seguir em frente a nova lei, cabe apenas ao Presidente Donald Trump assinar.
Assim se tornará a pessoa no produto “vendável”.
Segundo um comunicado da Casa Branca, que reforça o apoio à nova lei, o presidente norte-americano Donald Trump será aconselhado a aprovar a mesma. Apesar de ser uma lei exclusivamente americana, é uma ideia que pode chegar à União Europeia e que pode trazer algumas preocupações.
A Comissão Federal de Comunicações norte-americana exigia até então que, tanto na Internet doméstica como nos fornecedores de banda larga móvel, o utilizador tivesse a oportunidade de consentir partilhar ou vender o seu histórico de navegação, o registo de uso de aplicações entre outras informações privadas.
Se a lei for aprovada pelo presidente Trump, os fornecedores do serviço de Internet não precisarão mais do consentimento do utilizador antes de começar a partilhar o histórico de navegação e a restante informação privada com o mercado publicitário.
Navegar em Modo Anónimo não será Solução
A janela sem registo do navegador da Google, permite que o navegador não guarde o registo dos sites que visita, mas não impede que os fornecedores do serviço de Internet vejam os websites que visita.
Esta é claramente uma lei que está a dividir, mais uma vez, republicanos e democratas. São muitas as opiniões de democratas que alegam que a partilha deste tipo de informação devia ser uma escolha do consumidor e não dos fornecedores do serviço de Internet.
Do lado dos republicanos é uma lei essencial para ajustar o mercado que parece estar mais focado nas redes sociais e nos motores de busca para personalizar a publicidade para os clientes.
Via: Ars
Poderá esta lei contagiar a União Europeia?