Vivemos cada vez mais num mundo rodeado de tecnologia, que surge a um ritmo desenfreado e que dificilmente conseguimos proceder a uma triagem sobre “para que serve?”; “que uso lhe posso dar?”; “quais as vantagens na sua utilização para o meu dia a dia?”, entre outras questões.
Se antigamente só os adultos tinham acesso às tecnologias, a verdade é que recorrentemente os mais novos são colocados em contacto com a tecnologia mostrando elevada interactividade e intuição na sua utilização.
As crianças estão cada vez mais inseridas no universo tecnológico e têm, desde cedo, facilidade para manusear telemóveis, tablets e computadores. Nesse contexto, um conceito importante de ser trabalhado é o de cidadania digital, que em outras palavras reflecte o “uso responsável e apropriado da tecnologia.”
Quando o utilizador é uma criança, é muito importante que haja o acompanhamento dos pais e professores desde a Educação Infantil no uso da tecnologia para que eles possam distinguir situações seguras e contextos de riscos e para que os recursos tecnológicos sejam mais bem aproveitados. De forma simplificada, os adultos devem mostrar que, assim como há limites na vida real, eles também deve existir nos ambientes virtuais.
Tempo que estamos com a tecnologia
Além do bom uso, pais e professores devem estabelecer limite de tempo em que as crianças poderão usar a tecnologia. Pelo fato de os equipamentos serem interativos e despertarem a curiosidade, as crianças tendem a passar horas conectadas, deixando de lado os espaços de convivência e os deveres de casa. Por isso, é válido que os adultos estimulem a alfabetização digital, ou seja, a capacidade de saber como e quando usar a tecnologia.
A primeira razão é a mais evidente: Vivemos numa sociedade em que a tecnologia tem um papel central. Utilizamo-la na maioria das nossas tarefas do quotidiano, sem nos apercebermos caracterizando-nos como uma sociedade tecnologicamente não sustentável, ou seja uma sociedade incapaz de desenvolver ferramentas que utiliza.
A partir desta perspectiva, a educação em tecnologia é fundamental para a construção de uma sociedade sustentável. Não baste sermos apenas consumidores de tecnologia mas também criadores, promovendo o espírito empresarial e facilitando as ferramentas necessárias para enriquecer o conhecimento da rede industrial e empresarial do nosso país.
Atualmente é depositado na tecnologia um conjunto de expectativas que a tecnologia dificilmente pode satisfazer. Esperamos que todos os problemas presentes e futuros serão resolvidos mais cedo ou mais tarde, graças ao progresso tecnológico. Em suma, temos mitificado o termo “tecnologia”.
Por estes motivos, é que muitas empresas tecnológicas e, a BQ é um bom exemplo nesta matéria, têm desenvolvido projectos educacionais com vista a partilhar todo o conhecimento gerado e incentivar que isso seja feito. Por esse motivo todas as ferramentas e cursos de formação que a marca disponibiliza são livres junto dos educadores, uma vez que defendem que essas ferramentas são adequadas e suficientes para adquirir competências e habilidades necessárias para lidar com qualquer ferramenta de aprendizagem, livre ou proprietária, por estudantes, que mais tarde farão parte do mercado de trabalho.
Esta preocupação da marca serve de resposta aos pais portugueses, que consideram que o sucesso da economia de um país depende do uso adequado da tecnologia pelas crianças, o qual deve ser incentivado nas escolas desde cedo.
Projecto educativo da BQ
Em formato de conclusão, o projecto educativo da BQ entende que a educação tecnológica deve necessariamente assentar em três pilares: hardware; software e design. Com base nessa permissa é criado um ecossistema em que as crianças usam hardware, aprendem a programá-lo e também possam ser capazes de perceber as estruturas que abrigam o hardware através de impressoras 3D. Este ecossistema oferece uma proposta pedagógica para incluir tecnologia de aprendizagem dentro de um modelo de ensino baseado em projectos interdisciplinares. Isto é, não só ensinar robótica (aprendizagem da robótica: hardware, software e design), é também mostrar outros conteúdos utilizando a robótica como ferramenta de aprendizagem.
Este papel reforça mais uma vez o Estudo sobre educação tecnológica na Europa realizado pela GfK para a BQ, que revela a importância que os pais portugueses, a par dos países do sul da Europa e do Reino Unido, conferem à tecnologia na educação dos seus filhos e ao papel que a escola e as empresas desempenham na preparação para a sociedade do futuro. Agora só há que colocar em prática.