Depois de uma injeção semi-indolor entre o polegar e o dedo indicador, o microchip passa a estar implantado no novo funcionário. Venha o próximo para ser também “marcado” com o cunho tecnológico.
Se isso lhe soa a futurismo, então é porque estamos condicionados a uma espécie de déjà vu do que a ficção científica nos entretinha há umas décadas: um ser meio humano e meio máquina. Há uma empresa que já faz isso.
Uma empresa sueca, com sede em Estocolmo, a Epicenter, está a recrutar voluntariamente os seus funcionários para serem recetores de um microchip. A experiência não é obrigatória, mas já há mais de 150 pessoas no Epicentro que estão a usar implante – um microchip que é do tamanho de um grão de arroz.
Mas porquê e para quê?
De acordo com o co-fundador e CEO do Epicenter, Patrick Mesterton, é tudo por conveniência. O implante funciona como uma chave para abrir as portas fechadas, é um código único para operar as impressoras e até serve de cartão de crédito para as pessoas poderem comprar alimentação no snack-bar.
Dirá que se atingiu um estado de loucura num grau elevado, mas a realidade hoje gravita em torno das “chaves” digitais. E os responsáveis desta empresa acreditam ter encontrado a “cura” para esta maleita que a sociedade de hoje sofre: transportar palavras-passe.
A empresa refletiu e, de facto, os seus funcionários poderiam ter acesso a essas chaves de acesso através dos modernos smartphones com NFC, afinal tem o mesmo nível de conveniência sem o procedimento invasivo. Mas as pessoas têm de transportar o smartphone ou um smartwatch.
Os responsáveis acreditam que um implante sub-dérmico oferece um nível de flexibilidade maior. Dos mil e muitos funcionários, apenas 150 adotaram esta futurista forma ciborgue e o que não faltam são utilizações de radiofrequência (RFID) nos cerca de 86 mil metros quadrados de instalações.
Está de volta o tema de nos tornarmos em homem/máquina num futuro muito próximo.