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Doença rara diagnosticada a partir do Facebook

Diagnosticada a um bebé de 6 meses

Diariamente surgem várias notícias que relatam o poder que as redes sociais têm na sociedade, e o papel cada vez mais importante e fundamental para ultrapassar obstáculos como os que surgem na comunicação e partilha de informação. Apesar de ser criticado por alguns, defendo que a rede social é um dos maiores projectos existentes na Internet, pois permite uma sociabilização e interacção muito além do que a raça humana consegue quando se encontra ‘offline’. Desta vez a imensa amplitude da rede social, permitiu que fosse diagnosticada a uma criança uma doença rara que, antes, não havia sido detectada pelos médicos do menino.

Apesar de ser criticado por muitos e de ainda haver muitas pessoas que acredito não estarem educadas para a utilização das redes sociais, a verdade é que elas são o grande novo meio de comunicação, partilha, contacto e informação. E o caso particular do Facebook, que é apenas a rede social mais popular e acedida no Mundo inteiro, já encheu páginas de notícias devido aos acontecimentos que a rede social permite que ocorram.

Um desses casos que foi o diagnóstico de uma doença rara a um menino na Inglaterra, através da rede social, doença essa que antes não havia sido percebida pelos médicos.

Foi graças a uma amiga do Facebook da mãe do menino que tal aconteceu. A mãe do bebé, Charlotte Dent, havia colocado uma foto do seu filho no Facebook, o pequeno George de apenas 6 meses. Uma desconhecida da família, mas amiga no Facebook de Charlotte, viu a imagem do bebé e reparou na forma não comum da cabeça do menino, que coincidia com a do seu próprio filho que sofria de uma doença rara.

A imagem mostrava a cabeça do bebé com uma saliência evidente (vulgo ‘papo’), que é um dos sinais mais característicos da doença, ou seja, trignocefalia. Esta saliência, caso não fosse diagnosticado e removido a tempo, poderia levar à cegueira e causar mesmo danos permanentes no cérebro ou até levar à morte da criança.

A trignocefalia caracteriza-se por ser uma fusão prematura na sutura metópica (o que une o as duas metades do osso frontal do crânio), surgindo como forma triangular na parte frontal da cabeça e que causará a aproximação da posição dos olhos.

Após essa ‘amiga’ ter visualizado a imagem, entrou em contacto com Charlotte e informou-a. A mãe da criança, de apenas 22 anos e residente em Liverpool, ficou furiosa ao tomar conhecimento, uma vez que após ter estranhado esse sinal havia consultado vários médicos e nenhum conseguiu descobrir de que o pequeno George sofria, tranquilizando mesmo Charlotte e assegurando-lhe que o seu filho era saudável.

O pequeno bebé de 6 meses vai agora ser operado quando concluir um ano de idade. A mãe de George refere ao Daily Mail que ”Se esta pessoa não me tivesse chamado à atenção, não quero pensar como seria a vida dele”.

Assim, e a pensar na prevenção e informação de todas as pessoas, Charlotte pretende espalhar esta mensagem e alertar outros pais que possam ter filhos com a mesma doença, de forma a ser descoberta e tratada a tempo. “Se ela não tivesse entrado em contacto comigo, ele [George] poderia ter problemas cerebrais sérios. Agora quero passar a palavra para que outras pessoas possam aperceber-se da doença antes que seja tarde demais”. [DailyMail]

Este já não é o primeiro caso, em que alguém diagnostica uma doença a partir de uma imagem colocada na rede social Facebook, e são cada vez mais os casos de entreajuda que ocorrem nas redes sociais, ou noutros locais da Internet. Deveríamos aproveitar todo o potencial das redes sociais e, tentar a partir da amplitude que elas nos permitem, ajudar a construir um mundo melhor.

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