O mês de Junho ficou marcado pela entrada em vigor de um sistema de pontos associado às cartas de condução. Na prática este passa a ser um sistema mais simples, transparente e que visa promover a adopção de comportamentos mais seguros e responsáveis na condução.
Um mês depois as contra-ordenações diminuíram mais de 25%. Esta informação foi revelada na mesma altura em que foi instalado o primeiro de 30 radares do Sistema Nacional de Controlo de Velocidade.
Segundo o secretário de estado da Administração Interna, Jorge Gomes, as contra-ordenações no primeiro mês da entrada em vigor da carta de condução por pontos diminuíram 25,4%.
As contra-ordenações tiveram uma quebra de 25,4%, o quer dizer que contraria completamente aquilo que as pessoas diziam, que com a Carta por Pontos estávamos a trabalhar para a caça à multa, o que não é verdade
O objectivo inicialmente traçado de adopção de comportamentos mais seguros e responsáveis na condução, aparentemente, parece estar a ser concretizado.
A Carta por Pontos, que entrou em vigor a 1 de Junho, basicamente significa que ao título de condução de cada condutor foram atribuídos 12 pontos. Por cada contra-ordenação grave ou muito grave, ou crime rodoviário, serão subtraídos pontos. Se não praticar contra-ordenações graves, muito graves ou crimes rodoviários, podem ser atribuídos pontos.
Se praticar uma contra-ordenação grave ou muito grave, para além da coima e eventual inibição temporária de conduzir, também perderá pontos.
O ministro, ao anunciar estes dados, fez questão de frisar que para o Estado o importante não é ter receitas pelas contra-ordenações, nem despesas com a sinistralidade, mas sim reduzir o número de acidentes rodoviários nas estradas.
30 novos radares
Esta informação relativa à diminuição das contra-ordenações foi revelada no final da cerimónia que assinalou a instalação do primeiro de 30 radares do Sistema Nacional de Controlo de Velocidade na A5. Este sistema, denominado de SINCRO, permitirá a detecção automática de infracções de excesso de velocidade, e é composto por uma rede de locais de controlo de velocidade seleccionados de forma criteriosa.
Segundo o secretário de Estado Jorge Gomes, os 30 radares não vão ser fixos. Estarão, sim, integrados num sistema rotativo por 50 cabines em locais considerados “extremamente críticos”, sendo a sua instalação aleatória.
O SINCRO estará em pleno funcionamento em Janeiro de 2017 e o custo da sua instalação é de 3,19 milhões de euros, segundo a verba aprovada em Fevereiro em Conselho de Ministros.