A tecnologia está longe de ter um limite e ainda há muito que fazer para aproveitar mais e melhor o conhecimento já desenvolvido no mundo tecnológico em favorecimento do ser humano.
Um dos mais recentes casos que funde a tecnologia com a saúde humana foi desenvolvido por investigadores Universidade de Boston e do Massachusetts General Hospital que colocaram um smartphone a monitorizar doses de medicamentos através de um pâncreas artificial.
Segundo o site NBC News foi desenvolvido um pâncreas biónico, pela mão de uma equipa de investigadores da Universidade de Boston e do Hospital Central de Massachusetts, que consiste em ter um smartphone ligado a um cabo para monitorizar duas bombas que fornecem doses de insulina ou de glucagon ou glicagina a cada cinco minutos.
Este método será colocado em pacientes diabéticos que tenham dificuldades para produzir insulina – criada e regulada pelo seu próprio pâncreas – suficiente para controlar a glicose no organismo.
A diabetes é uma doença, em grosso modo, provocada pelo organismo quando este não consegue processar o açúcar no sangue adequadamente. A diabetes tipo 1, uma doença auto-imune, é causada quando o corpo erradamente destrói as células pancreáticas que produzem hormonas, como a insulina e glucagon, que controlam o açúcar no sangue. Níveis elevados de glicose podem danificar os vasos sanguíneos minúsculos, que por sua vez podem levar ao aparecimento de várias doenças, como por exemplo a cegueira, doença cardíaca, acidente vascular cerebral, insuficiência renal e até, em casos extremos à amputação de partes do corpo, como dedos ou pernas.
Na pesquisa por uma solução para este problema, os investigadores observaram que o pâncreas produz não só a insulina para baixar o açúcar elevado no sangue, mas também a glucagon, para elevar o baixo nível de açúcar no sangue. É nestas duas hormonas que o dispositivo actua, através de um sensor inserido sob a pele que transmite dados dos níveis hormonais para um dispositivo de monitorização, que por sua vez envia as informações para uma aplicação no smartphone do utilizador.
Os dados recebidos, num intervalo de 5 minutos, irão permitir à aplicação calcular a dosagem necessária de insulina ou de glucagon de forma a manter os níveis óptimos de açúcar no sangue.
Segundo os seus criadores, o professor de engenharia biomédica na Universidade de Boston, Dr. Edward Damiano, e o professor assistente da Harvard Medical School, Dr. Steven Russell, este pâncreas artificial, já aprovado pela FDA (U.S. Food and Drug Administration) deverá ser comercializado a partir de 2017.
Este projecto teve um interveniente importante:
“The iPhone is a perfect platform. We could not have done this without (Apple co-founder) Steve Jobs,” disse Edward Damiano.
Os smartphones tornam-se cada vez mais em poderosos computadores que as pessoas podem transportar e recorrer a aplicações que os ajudem quando o próprio organismo já não o permite, desta forma a qualidade de vida não é afectada, pelo menos como em casos anteriores com métodos muito mais intrusivos.
O iPhone tornou-se assim num dispositivo perfeito para coordenar toda a monitorização e gestão de um pâncreas artificial.