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COVID-19: Quarentena promove diminuição de ruído sísmico… a Terra está mais silenciosa

Com a permanência do coronavírus, a população mundial está a ver-se obrigada a ficar recolhida em casa. Assim, como temos visto, todas as atividades que contribuíam para a azáfama social estão suspensas ou reduzidas ao necessário. Como resultado, a natureza também tem sentido esta pandemia e a Terra está a reagir. Já é notória a diminuição do ruído sísmico, dizem os especialistas.

Estes dados foram partilhados por cientistas belgas que detetaram sinais “diferentes” no planeta.


A Terra está mais silenciosa e treme menos

De acordo com o Observatório Real da Bélgica, têm sido registados menos movimentos terrestres que o habitual. Os cientistas acreditam que este fator se deve ao abrandamento das redes de transporte, ao fecho das escolas e restaurantes, entre outros locais públicos.

Segundo o que é referido, a falta de ruído de fundo dos automóveis, camiões e maquinaria industrial está a permitir que os sismólogos detetem melhor os sismos de menor dimensão e acompanhem mais de perto a atividade vulcânica. As vibrações causadas pela atividade humana na Bélgica diminuíram cerca de um terço desde que foram implementadas as ordens de encerramento. Isso está a ser replicado noutras partes do mundo, embora nem todas as áreas assistam a um declínio tão precipitado.

Conforme referem os cientistas, este cenário poderá facilitar a deteção da localização das réplicas dos sismos e determinar os níveis de atividade vulcânica.

 

Uma diminuição muito acentuada do ruído no planeta

A queda está também a ser sentida tanto em Londres como em Los Angeles. Segundo uma publicação na rede social Twitter, Stephen Hicks, estudante de Geofísica, aponta a possibilidade de a diminuição de vibrações se dever efetivamente à redução do tráfego nas estradas. Em resposta a Stephen, Celeste Labedz, estudante de Geofísica, no Instituto de Tecnologia, na Califórnia, dá conta da deteção de uma queda de ruído semelhante à referida pelo anterior, detetada por uma estação de Los Angeles.

Os microssismos ocorrem frequentemente em todo o planeta, mas são por vezes mais difíceis de detetar devido ao ruído de fundo da atividade humana. O U.S. Geological Survey’s Volcano Hazards Program, uma divisão do Departamento do Interior, observa que só em Yellowstone ocorrem aproximadamente 2000 sismos por ano.

As vibrações na Bélgica, resultantes da atividade humana, segundo a revista Fortune, “caíram cerca de um terço, desde que a quarentena foi decretada”. Este cenário está a ser uma constante noutros países do mundo, ainda que nem todas as áreas registem um declínio tão acentuado.

As estações de análise localizadas em áreas remotas, para escapar ao ruído diário, podem, no entanto, não reconhecer qualquer diminuição.

Imagens de cidades por este mundo fora sem milhares ou milhões de pessoas que, outrora, faziam a paisagem:

 

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