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COVID-19: Falta de internet e equipamentos trama alunos

A internet é hoje um bem essencial! O mundo continua em estado de pandemia e os números têm aumentado drasticamente todos os dias. A COVID-19 afeta todas as áreas da sociedade onde se inclui a educação. Em Portugal, depois de uma primeira fase de infeções onde todos fomos apanhados quase de surpresa, foi necessário arranjar alternativas às aulas presenciais.

As aulas através da internet têm sido a solução, mas o país continua a não estar preparado para esta segunda vaga (que tem sido mais forte).


Sem equipamentos e internet os alunos ficam privados de assistir às aulas…

A falta de equipamento e de acesso à internet não permite que alunos em isolamento profilático consigam acompanhar as aulas, denunciam a Associação Todos pela Escola Pública (ATEP) e a Federação Nacional dos Professores (FENPROF). Segundo revela a Lusa, existem  vários casos em escolas e agrupamentos dos concelhos do Porto, Matosinhos e Vila Nova de Gaia, no distrito do Porto e no Alentejo.

Os alunos que estão em casa fazem fichas de trabalho que os professores enviam por email, agravando-se a situação nas famílias que têm dificuldade em aceder ao email e à impressora. Em casos como este, que estão espalhados pelo país, é muito preocupante que haja alunos em casa desde o início do ano letivo, por fazerem parte dos grupos de risco

Mariana Pereira, vice-presidente da ATEP

Também o secretário-geral da FENPROF, Mário Nogueira, lamenta que, apesar de o primeiro-ministro ter afirmado em abril que as escolas abririam em setembro já devidamente equipadas, tal não tenha acontecido, apontando-se “para um número bem abaixo das necessidades imediatas para meados de novembro”.

“Um problema que poderia ter outra solução, caso o ministério constituísse bolsas com os docentes de risco, permitindo que desenvolvessem atividade em regime de teletrabalho com esses alunos”, aponta o secretário-geral da FENPROF.

Mário Nogueira sublinha que há, ainda, “situações de enorme desigualdade” decorrentes das próprias condições das famílias, onde por vezes impera a iliteracia digital.

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