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COVID-19: É o início de uma sexta vaga? Números dão essa indicação

A pandemia por COVID-19 ainda não acabou! Apesar do abandono de várias medidas, como, por exemplo,  a não obrigação do uso de máscara em alguns locais, tal não significa que as pessoas não deixem de ter os cuidados básicos.

A eliminação do uso de máscara aumentou as infeções em Portugal, que atingiu um índice de transmissibilidade (Rt) de 1,17.


COVID-19: Eliminação do uso de máscaras está a provocar excesso de contágios

Será que estamos no início de uma sexta vaga de COVID-19 em Portugal? Os números de um relatório do Instituto Superior Técnico sobre a pandemia indicam que sim.

Segundo esta avaliação de risco da pandemia por COVID-19 elaborada por Henrique Oliveira, Pedro Amaral, José Rui Figueira e Ana Serro, que compõem este grupo de trabalho coordenado pelo presidente do IST, Rogério Colaço, “a atual situação é de aumento do perigo pandémico face ao anterior relatório” de 19 de abril.

A eliminação do uso de máscaras “parece ter tido um efeito muito acentuado na subida de casos atual”, uma medida que os especialistas do IST consideram ter sido “acertada” nas escolas, mas que está a provocar um “excesso de contágios” em ambiente laboral.

De relembrar que o uso generalizado de máscaras deixou de ser obrigatório a partir de 22 de abril, com exceção dos estabelecimentos de saúde, incluindo farmácias comunitárias, assim como nos lares de idosos, serviços de apoio domiciliário, unidades de cuidados continuados e transportes coletivos de passageiros.

De acordo com o relatório do IST, a incidência média a sete dias aumentou de 8.763 para 14.267 casos desde 19 de abril, o que se deve “à retirada abrupta do uso de máscara em quase todos os contextos e à nova linhagem BA.5 da variante Ómicron que começa a instalar-se” no país.

Com dados de 09 de maio, o grupo de trabalho adianta que o Indicador de Avaliação da Pandemia (IAP) do Instituto Superior Técnico e da Ordem dos Médicos está agora nos 83.8 pontos, com tendência de subida e acima do “nível de alarme”.

O IAP combina a incidência, a transmissibilidade, a letalidade e a hospitalização em enfermaria e em cuidados intensivos, apresentando dois limiares: o nível de alarme, quando atinge os 80 pontos, e o nível crítico, quando chega aos 100 pontos.

COVID-19: 4 milhões de casos de infeção com SARS-Cov-2

De acordo com um post no Facebook do especialista Carlos Antunes, Portugal vai ultrapassar a marca dos 4 milhões de casos de infeção com SARS-Cov-2… e a caminho dos 5 milhões, que serão alcançados ainda este verão (talvez em julho, dependendo da amplitude e do período desta nova onda de casos).

Portugal já tem a maior taxa de incidência do mundo, de 1700 casos por 100 mil habitantes a 14 dias, tendo ultrapassado nos últimos dias a Nova Zelândia e a Austrália.

 

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