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COVID-19: DGS pode ter acesso à localização de telemóveis dos cidadãos

Num primeira análise poderá ser considerada uma medida intrusiva… mas calma! Informação que pode não ser relevante para os utilizadores pode ser fundamental para o sistema de saúde. A ideia é monitorizar, de forma anonimizada, a circulação dos cidadãos.

A estratégia já está em prática em outros países e, como já referimos, em tempo de “guerra” é preciso colocar no terreno estratégias militares.


O Pplware tem conhecimento que as operadoras, o Governo e o SNS estão a trabalhar numa solução para que se possa ter acesso  à  localização de telemóveis dos cidadãos. Tal informação foi hoje confirmada por António Costa, sendo a informação publicada pelo jornal Publico. De relembrar que tal prática já foi usada em outros países e estava também a ser ponderada na vizinha Espanha.

Em entrevista ao novo podcast Política com Palavra, uma iniciativa do PS integrada nas comemorações do 47.º aniversário do partido, Costa começou por recusar qualquer tipo de rastreio por georreferenciação para combater o novo coronavírus:

Não acho que em caso algum isso se justifique. Não há, aliás, qualquer recomendação da parte de qualquer instituição europeia nesse sentido (…). O que existe são um conjunto de aplicações que estão a ser desenvolvidas, que qualquer um pode descarregar e que estabelece, em comunidade, partilhas [de informação] sempre anonimizadas.

Rastreio não, geolocalização não, identificação de pessoas não!

No entanto, o primeiro-ministro admite que a DGS pode ter…

A possibilidade de, por exemplo, a DGS ter acesso a partir do meu telemóvel à identificação de números de telemóvel de que o meu esteve próximo durante mais de ‘x’ tempo e a menos de ‘x’ distância durante os últimos 14 dias e enviar uma mensagem a essas pessoas, sem saber quem são, informando que o seu telemóvel esteve em proximidade, durante mais de dez minutos, ou 15, com o telemóvel de uma pessoa dada como infectada

O objetivo é lutar contra o “novo” Coronavírus em várias frentes. Para realizar tal operação, o Governo terá de contar com a colaboração das operadoras. Ainda não se sabe mais pormenores desta “estratégia” nem quando poderá entrar em funcionamento (isto se vier a acontecer).

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