A pirataria digital é um dos “crimes” que continua a afectar as mais variadas industrias. Como solução, vários organismos lutam para que os maiores sites que disponibilizam conteúdos ilegais sejam simplesmente desligados (algo do tipo do que aconteceu com o famoso PirateBay que entretanto já está de novo no activo).
Mas, de acordo com um estudo realizado pelo Joint Research Centre, da Comissão Europeia, esse procedimento de desligar sites de pirataria pode ser ineficaz e potencialmente contraprodutivo.
Desligar sites com conteúdos ilegais não é uma solução eficaz para acabar com a pirataria. Quem o confirma é a própria Comissão Europeia que analisou o comportamento dos utilizadores ao nível das actividades associadas à pirataria.
O site Kino.to, um dos mais populares sites à escala europeia para streaming de filmes foi recentemente encerrado. A operação levada a cabo pela policia foi mesmo considerada um sucesso, uma vez que este era um dos maiores serviços ilegais a funcionar na Europa.
Depois do encerramento, a equipa do Join Research avaliou o comportamento dos utilizadores e concluiu que a pirataria teve um quebra na ordem dos 30%, mas por pouco tempo pois passado quarto semanas tudo voltou ao normal. Por outro lado, o serviço de outras plataformas pagas apenas cresceu 2,5% nesse período.
O estudo conclui também que após o encerramento do “grande” site Kino.to, vários sites de menor dimensão e variantes começaram a ganhar força, angariando rapidamente mais conteúdos e utilizadores. Tal cenário é designado de efeito “Hydra”.
Neste caso em concreto, os sites Movie2k.to e KinoX.to tornaram-se quase de imediato uma alternativa ao Kino.to.
Com este estudo os analistas reforçam a ideia que além de encerrar os serviços de pirataria na Internet é necessário ter medidas extras. Os responsáveis pela investigação referem que os resultados devem ser interpretados cautelosamente até porque não são consideradas as “vendas offline” de material digital ilegal.
Via Online Copyright Enforcement, Consumer Behavior, and Market Structure