No final de Setembro, a China e os Estados Unidos chegaram a acordo quanto aos ciberataques feitos entre os dois países ao sector privado, para benefício comercial. Mas, agora, menos de um mês depois, a China é acusada de quebrar o acordo tendo sido registadas tentativas de ataques a, pelo menos, sete empresas norte-americanas por parte de hackers associados ao governo chinês.
De acordo com a empresa de segurança CrowdStrike, os ataques foram iniciados um dia depois do acordo entre os dois países ter sido firmado.
A 25 de Setembro, Barack Obama anunciou que ele e o presidente chinês Xi Jinping haviam acordado que iriam deixar de apoiar os ciberataques com o objectivo de roubar segredos corporativos para apoiar empresas nacionais. Contudo, segundo avança a CrowdStrike os ataques registados aos sete servidores terão surgido de hackers associados ao governo chinês.
Esta conclusão surge pelo facto dos servidores e do software utilizados nos ataques serem os mesmos utilizados pelo governo chinês.
Tento em conta o tipo de ataque, o objectivo era o de roubar propriedade intelectual e segredos comerciais de empresas norte-americanas.
Ainda assim, perante esta acusação, uma porta-voz do governo veio afirmar que o governo chinês se opõe a todas as formas de pirataria ou roubo de segredos comerciais.
Do lado do governo de Barack Obama não existem ainda declarações relativas ao caso, apenas uma afirmação de que são conhecidas as descobertas da CrowdStrike e que as acções do governo chinês estão a ser acompanhadas de perto.
A CrowdStrike não foi a única a identificar ataques vindos da China, também a FireEye afirma ter detectado ataques provenientes do país mas que ainda é cedo para perceber qual o seu objectivo.
Fonte: Reuters