O Brasil atravessa um importante e difícil período eleitoral. A forma como os candidatos se têm apresentado ao eleitorado, muda completamente a forma tradicional de fazer campanha. Hoje as campanhas eleitorais são feitas na Internet e há muitas fake news à mistura!
Depois de várias acusações de parte a parte, sobre as fake news que têm sido usadas nesta campanha com recurso às redes sociais, o governo do Brasil alertou que “não existe anonimato na Internet” para os responsáveis pelas “notícias falsas” que têm como intenção provocar dúvidas sobre a credibilidade do sistema eleitoral ou para difamar os candidatos presidenciais.
Fake news são ferramenta eleitoral?
Estamos a poucos dias de saber quem será o novo presidente do Brasil. Em termos políticos, Jair Bolsonaro leva a vantagem sobre o candidato do Partido dos Trabalhadores. Estas eleições poderão marcar o fim de 14 anos do PT no poder. Tudo isto está a incendiar as redes sociais e há acusações sobre alegadas práticas criminais no que toca à utilização de ferramentas dedicadas a enviar mensagens eletrónicas via redes sociais.
Sobre estas acusações, membros do governo e a presidente do Tribunal Superior Eleitoral comprometeram-se a investigar notícias cuja intenção seja difamar candidatos ou descredibilizar o sistema eleitoral.
Não há anonimato na Internet, não existe, não há possibilidade. Aqueles que tenham a intenção de cometer crimes contra a credibilidade do sistema eleitoral.
Referiu o ministro da Segurança, Raul Jungmann.
Todo este processo de acusação de utilização de fake news via WhatsApp (e outros serviços), poderão passar por uma investigação e certamente os visados serão levados à justiça. Contudo, nunca este processo será rápido e nunca poderá ser levado em conta até ao ato eleitoral.
Estas práticas de “manipulação do eleitorado” levaram já a que vários membros do governo e a presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), a juíza Rosa Weber, apontassem o dano à “fiabilidade do sistema eleitoral brasileiro” e, comprometeram-se a investigar “as notícias falsas”.
Temos tecnologia, recursos humanos e capacidade para chegar até eles. Aqui ou em qualquer local do mundo. A Polícia Federal encara com seriedade toda e qualquer denúncia”.
Acrescentou Jungmann.
Por trás da barricada “digital”
Há claramente uma suspeição no ar, da utilização de milhões de mensagens com o objetivo de propagar conteúdos falsos. O alvo, segundo a imprensa brasileira é o Partido dos Trabalhadores (PT) e o candidato, Fernando Haddad. Tudo isto para favorecer o líder da extrema direita Jair Bolsonaro.
A principal denúncia tem como base uma reportagem que foi publicada no jornal Folha de São Paulo que revela a trama, alegadamente, a favor de Bolsonaro e que cita as empresas que estão supostamente implicadas.
A par de tudo isto, o Brasil vai escolher o seu líder já no próximo domingo e parece estar inclinado à direita.