Pplware

Blockchain da Bitcoin contém links para a Pornografia Infantil

A criptomoeda Bitcoin foi popularizada pelo submundo do crime. Era o meio de pagamento sugerido pelos criminosos porque “não deixava rasto”. A imagem da moeda virtual Bitcoin foi “limpa” pela imensa popularidade e crescente utilização no nosso dia a dia. Mas não quer dizer com isso que ficou “livre” dos meandros do crime da Internet.

Investigadores alemães encontraram centenas de links para pornografia infantil dentro da tecnologia subjacente a Bitcoin, a Blockchain.


Blockchain esconde links para conteúdo de Pornografia Infantil

Nos últimos meses, os apostadores nesta moeda virtual, altamente sujeita a especulação, têm procurado novas formas de reanimar este mercado que quer parecer estagnado. Muitos foram os que se deixaram cair nas malhas do crime e foram agora descobertos, por investigadores alemães, links na Blockchain que levavam a conteúdos para pornografia infantil.

Embora a tecnologia blockchain seja amplamente conhecida por ser um “livro de contas” imutável de transações Bitcoin, suportada por uma vasta e complexa rede de computadores, também é sabido que este “livro razão” permite que os utilizadores criem e depositem mensagens codificadas. O criador de Bitcoin, Satoshi Nakamoto, deixou uma mensagem enigmática no bloco original do blockchain: “The Times 03/Jan/2009 Chancellor on brink of second bailout for banks.”.

Esta foi a primeira de muitas mensagens cifradas que aparecem a homenagear várias pessoas e a relembrar datas importantes. Por exemplo, há mensagens que eternizam Nelson Mandela, ou mensagens para os entes queridos no Dia dos Namorados. Claro que também é possível entrar no lado negro deste tipo de abertura criativa e nesse sentido houve quem usasse esta capacidade para colocar links para pornografia infantil.

Embora a maior parte deste conteúdo seja inofensivo, também há conteúdo a ser considerado censurável em muitas jurisdições, por exemplo, a descrição de nudez de uma jovem mulher ou centenas de links para pornografia infantil. Como resultado, pode tornar-se ilegal (ou até já é hoje) possuir a Blokchain, que é necessária para participar do Bitcoin.

Conclusões da autoria de membros da Universidade RWTH Aachen e Goethe University.

 

Usar a criptografia disponível para mensagens “escondidas”

Os investigadores disseram que encontraram 1600 instâncias em que as transações na blockchain incluíam informações não financeiras, representando cerca de 1,4% das transações. Uma vez que o blockchain da Bitcoin é imutável, aqueles que descarregarem esse conteúdo também estão a descarregar conteúdo de pornografia infantil.

Não é a primeira vez que os espetadores curiosos encontraram links para pornografia infantil na blockchain da Bitcoin. Os utilizadores já em 2013 tinham assinalado esses links. Embora esta seja talvez a primeira vez que os investigadores conseguiram quantificar o volume de material potencialmente ilícito escondido na blockchain.

Além disso, uma vez que a Bitcoin tem compradores e comerciantes em todo o mundo, itens na blockchain também levantam questões sobre legalidade em vários países.

Na China, a mera posse de segredos de estado pode resultar em sentenças de prisão de longa data. Além disso, a definição de segredos de estado da China é vaga e cobre, por exemplo, atividades para proteger a segurança do Estado. Tais alegações vagas com referência a segredos de estado foram aplicadas a notícias críticas no passado.

Referiram os investigadores apontando que se alguém descarregar este conteúdo, mesmo desconhecendo o que “traz agarrado” poderá ter graves problemas com a justiça.

Os investigadores referiram também que esta tecnologia serve para atentar sobre as regras de um país, serve para propagar malware e para vários outros fins ilícitos.

 

Leia também:

Exit mobile version