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Afinal a Blackberry também viu a sua segurança quebrada

A luta entre a Apple e o FBI veio mostrar que as forças policiais querem, a todo o custo, garantir portas de entradas em qualquer equipamento. As razões prendem-se com casos pontuais, mas podem sempre ser alargadas e generalizadas.

Para além da Apple há outras empresas que interessam e aparentemente a Blackberry deu à polícia o acesso completo aos seus sistemas.

Uma das garantias que a Blackberry sempre deu aos seus utilizadores foi a implementação e a manutenção dos mais elevados padrões de segurança, garantido que o seu serviço de mensagens era impenetrável e que as comunicações eram cifradas, e por isso impossíveis de serem lidas.

Mas a verdade, segundo informação a que agora se teve acesso, esta certeza pode não ser tão verdadeira. Há provas de que pelo menos uma força policial canadiana, a Royal Canadian Mounted Police, tem em seu poder desde 2010 as chaves mestras de cifra do BBM e que desta forma consegue abrir todas as mensagens que circulam dentro do BBM, o serviço de mensagens da Blackberry.

Não se sabe ao certo como a RCMP teve acesso a estas chaves, mas especula-se que teriam sido fornecidas pela própria Blackberry, no âmbito de uma investigação policial e sob ordens expressas de um tribunal.

Toda a informação que passou pelos servidores da RCMP esteve ao abrigo do projecto Clemenza, que conseguiu provar a culpa de 7 indivíduos num caso de tentativa de homicídio. Não se sabe ao certo se depois deste processo a Blackberry alterou as chaves de cifra, mas fazê-lo levaria a uma actualização à escala planetária, o que seria quase impossível.

Houve, no entanto, alguns utilizadores que ficaram de fora deste processo de vigilância e de quebra de segredo nas mensagens. Todos os que usavam servidores de BBM empresariais tinham chaves de cifra próprias, a que nem a própria Blackberry tinha acesso.

Depois do tão badalado caso da Apple fica agora exposto que a própria Blackberry, conhecida pelos seus elevados pergaminhos de segurança, teve os dados dos seus utilizadores expostos às forças policiais, de uma forma tão clara e sem forma de provar que ainda hoje esta escuta pode estar a acontecer.

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