Com o anúncio das vacinas, o mundo ganhou uma nova esperança! No entanto, é preciso calma, até porque o efeito vacina não terá reflexo no imediato. Atento ao que se passa no mundo, em especial nos Estados Unidos da América, Bill Gates vem alertar para o pior cenário.
De acordo com o cofundador da Microsoft, os quatro a seis meses podem ser os piores da pandemia.
Bill Gates vai tomar a vacina em público…
Em entrevista à CNN, neste domingo, o co-fundador da Microsoft refere que o seu país tem de fazer melhor no combate à doença. Bill Gates diz que confia em Biden para definir prioridades e estratégias, mas garante que nada pode ser suficiente se os americanos não seguirem à risca as regras de proteção. Se tal não for feito, o IHME ( Institute for Health Metrics and Evaluation) prevê mais 200 mil mortes adicionais por COVID-19 até meio do próximo ano, refere o DN.
Como sabemos, os Estados Unidos da América já têm a vacina aprovada. Depois de várias pressões políticas, a Administração de Alimentos e Medicamentos (FDA) informou que está autorizada a administração da vacina da Pfizer naquele país. De relembrar que Trump comprou cem milhões de doses que dão para vacinar para já 50 milhões de pessoas. No entanto, o estado da pandemia nos EUA é assustador.
O número de internamentos aumenta, de situações em cuidados intensivos também, de mortes igualmente e o sistema de saúde está em rutura. Bill Gates confessa que achou no início que “os EUA conseguiriam lidar” com a situação pandémica e que “fariam um trabalho melhor”.
“Temos de fazer melhor”, argumentou Gates. No entanto, não deixou de sublinhar que, apesar de ser um país que tem dado muito à investigação para uma vacina e para um tratamento para a doença, tem de olhar para o mundo inteiro e não exigir ser uma prioridade no acesso a qualquer uma destas situações. “É uma questão humanitária!”.
Questionado sobre se aceitará tomar a vacina para a COVID-19, já que nos EUA há já forte contestação a esta por parte de movimentos anti-vacinas, Bill Gates disse que não só a tomará como o irá fazer publicamente.
Na entrevista Gates defendeu ainda que só a vacina não chega, reforçando então que os “próximos quatro a seis meses exigem que os americanos façam o melhor”. “Sabemos que a situação um dia acaba, mas ninguém quer aqueles que ama sejam os últimos a morrer por COVID-19”. A única solução “é evitar a transmissão da doença, é seguir as regras, usar máscara não tem qualquer desvantagem”.