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Bancos não são obrigados a pagar prejuízos de burlas feitas através de MB WAY

As burlas por MB WAY são uma constante, essencialmente motivadas por negócios de produtos em segunda mão. Aqui no Pplware, uma das primeiras notícias de tentativa de burla foi dada há dois anos e desde então não têm parado. Só nestes primeiros cinco meses de 2020 já foram apresentadas 2560 denúncias por burlas através do serviço.

Mas quem é que paga estes prejuízos? A DECO afirma que as entidades bancárias dificilmente serão obrigadas a pagar.


Apesar dos inúmeros alertas feitos pela comunicação social, pela GNR e por muitos criadores de conteúdo digital, a verdade é que as burlas por MB WAY continua a surgir e a deixar contas desfalcadas em largas centenas de euros.

No final da semana passada, a GNR desmantelou uma rede dedicada a estas ações na zona de Campo Maior, mas o problema não fica assim resolvido.

Quem cai neste esquema dificilmente voltará a ver o seu dinheiro?

Imputar os prejuízos causados por estas burlas às entidades bancárias, dificilmente vai acontecer. Esta é uma informação avançada pela DECO numa publicação do Público desta manhã.

Ao contrário da clonagem de cartões multibanco, onde o titular não tem qualquer interferência no processo, sendo apanhado na trama apenas quando se apercebe dos movimentos na sua conta ou quando é alertado pela própria entidade bancária, nas burlas por MB WAY não é assim.

Neste último caso, o acesso às contas bancárias é dado ao burlão pela própria vítima. Segundo Tito Rodrigues da DECO, a utilização da app “pressupõe alguma literacia digital e financeira”. Além disso, tendo em consideração a atual legislação, é muito pouco provável que as vítimas tenham hipótese de voltar a ver o seu dinheiro, pelo menos sendo a banca a ressarci-los.

Tal seria possível apenas se “se conseguisse provar que as fragilidades do sistema prejudicam a generalidade dos clientes”. O que à partida não acontece.

O que fazer perante uma burla através de MB WAY?

Os lesados deverão avançar com uma ação judicial cível. Esta é a recomendação da Associação Portuguesa de Direito do Consumo.

A SIBS, na mesma publicação, não revela as medidas que está a tomar para que a plataforma deixe de ser utilizada para estas burlas.

Os detalhes inerentes aos novos métodos de prevenção são obviamente confidenciais, já que a sua divulgação compromete a respetiva segurança

Se não percebe como funciona o MB WAY, não utilize!

É importante perceber que a plataforma MB WAY oferece inúmeras vantagens aos consumidores. Pagamentos com o smartphone, transferências bancárias, divisão de contas, pagamentos de compras online, criação de cartões de crédito virtuais, são algumas das principais vantagens.

No entanto, tal como já foi descrito a utilização da app pressupõe literacia digital e financeira. Portanto, antes de fazer negócios por MB WAY retenha estes alertas:

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