As autoridades norte-americanas dos Estados Unidos e o Canadá detetaram um balão “espião” a sobrevoar o espaço aéreo dos dois países.
Segundo um responsável da defesa dos EUA, trata-se de um balão chinês de alta altitude a sobrevoar locais sensíveis, com o objetivo de recolher informações.
Nos EUA e Canadá foi detetado um balão de alta altitude que as autoridades afirmam estar seguros em declarar que se trata de um equipamento espião chinês. O objetivo, considerando os locais “sensíveis” onde foi detetado, será o de recolher informações estratégicas dos países.
As autoridades terão decidido não abater o balão devido ao risco de atingir a população das regiões em causa. O balão foi avistado no espaço aéreo norte-americano durante dois dias, o que faz aumentar ainda mais a tensão nas relações entre os EUA e a China.
Um dos locais onde o balão foi visto foi Montana, onde se encontra um dos três campos de silos de mísseis nucleares.
BREAKING: Chinese surveillance balloon spotted in skies over northern United States; US military currently considering how to respond to threat
pic.twitter.com/ch2rzoFqSg— Intel Point Alert (@IntelPointAlert) February 2, 2023
As autoridades norte-americanas afirmam que o Governo continua a seguir o rasto do balão e indicou atualmente “viaja a uma altitude bem acima do tráfego aéreo comercial e não representa uma ameaça militar ou física para as pessoas em terra”.
Acrescentou ainda que tem sido reportada uma atividade semelhante com balões nos últimos anos, garantindo que os EUA tomaram medidas para assegurar que não foram recolhidas informações sensíveis.
We were bought and sold a long time ago
Welcome to New America pic.twitter.com/USeUaIeEkz
— Jack Posobiec 🇺🇸 (@JackPosobiec) February 3, 2023
As autoridades canadianas, através do Ministério da Defesa do país, referem que “os canadianos estão seguros e o Canadá está a tomar medidas para garantir a segurança do seu espaço aéreo, incluindo a monitorização de um potencial segundo incidente”. No entanto, o Canadá foi mais cauteloso e não apontou o dedo à China, referindo apenas que estão a trabalhar em conjunto com os EUA para proteger as informações sensíveis contra ameaças dos serviços de informação estrangeiros.
Estas notícias surgem num momento de grande tensão entre a china e o ocidente, e numa altura em que o secretário de Estado, Antony Blinken, se prepara para fazer a primeira viagem a Pequim.