Ninguém está a salvo, nem mesmo os hospitais. Num ato criminoso, 21 unidades hospitalares romenas foram alvo de um ataque de ransomware que impossibilita o normal funcionamento e que ainda está a causar graves constrangimentos no socorro aos doentes. A situação é verdadeiramente preocupante, conforme referem as autoridades.
Ataques de ransomware estão a aumentar e não têm fronteiras
Um recente ataque de ransomware causou perturbações significativas em 21 hospitais da Roménia, pondo fim às suas operações. O ataque teve como alvo o Sistema de Informação Hipocrate (HIS), que é essencial para a gestão dos cuidados de saúde e dos registos médicos dos pacientes. Como resultado, o sistema está atualmente em baixo, deixando os hospitais com dificuldades em manter o seu nível habitual de cuidados. Os cuidados aos doentes e os registos médicos estão atualmente indisponíveis.
O ataque ocorreu durante a noite, entre 11 e 12 de fevereiro de 2024, encriptando as bases de dados e ficheiros operacionais. O Ministério da Saúde romeno reconheceu a gravidade da situação e está a trabalhar ativamente numa solução. Estão em curso esforços para recuperar os sistemas afetados, liderados por especialistas em TI e cibersegurança da Direção Nacional de Cibersegurança (DNSC).
O impacto do ataque de ransomware é generalizado, afetando uma série de instalações médicas, incluindo hospitais regionais e centros de tratamento do cancro. Para evitar mais danos, o Ministério da Saúde reforçou as medidas de segurança para outros hospitais que não foram afetados pelo ataque.
Atualmente, não são claros os pormenores sobre o grupo de ransomware que está por detrás do ataque ou os dados específicos comprometidos. O fornecedor do sistema HIS, a RSC, ainda não fez uma declaração pública sobre o incidente.
Ataques como este expõem a vulnerabilidade dos sistemas de saúde a ciberataques e reforçam ainda mais a importância de medidas robustas de cibersegurança para proteger os dados sensíveis dos doentes e garantir o funcionamento contínuo dos serviços críticos de saúde. Este é um setor que não se pode dar ao luxo de ter períodos de inatividade graves como estes, e por razões óbvias!
A dúvida legítima que se levanta é se os hospitais portugueses estarão protegidos contra este tipo de ataques.