Julian Assange, exilado na Embaixada do Equador, na cidade de Londres, aponta o Google e o Facebook como empresas que estão a desenvolver projectos para o serviço de inteligência dos Estados Unidos, pelo que sugere que as pessoas têm de ter em atenção os dados pessoais que colocam na Internet.
A partir de uma sala na Embaixada do Equador, o jornalista e ciberativista australiano Julian Assange, deu uma entrevista ao canal de notícias Russo, a RT (Russia Today) e abordou vários temas que estão compilados já no seu novo livro “Cypherpunks: liberdade e o futuro da Internet”, entre os temas falou nos riscos que actualmente cada cidadão enfrenta quando navegam na Internet, pois toda a sua actividade enquanto cidadãos que usam estas ferramentas para a sua vida, passa pelos browsers, motores de pesquisa e redes sociais.
“Todos pensamos na Internet como um ‘reino platónico’ onde nos podemos expressar e comunicar as nossas ideias com o que está lá em cima, no ar. Na realidade, a Internet está em servidores que estão em Nova York, Nairobi ou Pequim e que nos chega através de cabos de fibra óptica ou por comunicações via satélite.
Assim, aquele que controlar fisicamente estes meios também encetará o domínio sobre as ideias e sobre as comunicações. (…) Esta é a verdadeira realidade e interesse para os estados modernos: interceptar as comunicações de nações inteiras”, advertiu Assange.
Perante esse cenário, o criador do WikiLeaks lançou um apelo aos cidadãos para verificar e saber como gerir o que cada um partilha via web. “Google e Facebook começaram predominantemente como um serviço público, mas também têm desenvolvido projectos para o serviço de inteligência dos Estados Unidos.
Levantamos a questão: Quem tem menos de 10 fotografias suas publicadas na Internet?