A Apple e a Google são dois dos players mais importantes do mundo da tecnologia, principalmente no universo da tecnologia móvel. A cada nova versão do iOS são encontradas semelhanças com o Android (e vice-versa) e a guerra entre estes dois sistemas a que tantas vezes assistimos entre os entusiastas de cada um dos sistemas, parece que existe também entre as duas empresas.
Estão a Apple e a Google a travar uma “guerra silenciosa”?
Ex-engenheiros da Apple dizem que a empresa ainda guarda rancor sobre a forma como o Android (alegadamente) copiou o iOS. Além disso, está parece estar ativamente a tentar remover tudo o que é Google do iPhone. Estas são as conclusões gerais que podem ser retiradas de um artigo do Financial Times e que acaba por reforçar ideias antigas.
Os dois engenheiros entrevistados pelo jornal terão usado a palavra “rancor” para descrever a relação da Apple com a Google, havendo ainda a afirmação de que as duas empresas travam “uma guerra silenciosa”.
E quais são os campos de batalha das duas empresas?
O Apple Maps será um dos primeiros grandes campos de batalha. O lançamento do Apple Maps em 2012 foi tão desastroso que o serviço ainda é injustamente visto como inferior ao Google Maps que esperava substituir.
Contudo, o Apple Maps foi criado porque a Google se recusou a dar ao iPhone as mesmas evoluções que estavam a chegar ao Android. Foi uma jogada da Apple para dar aos utilizadores um recurso que se estava a tornar cada vez mais necessário e que impediria que os compradores mudassem para seu rival.
Outra das frentes de luta da Apple passa pela pesquisa, nomeadamente pelo AppleBot que é, por exemplo, usado pela Siri e pelo Spotlight. Mas este é um serviço distinto e que, apesar de muitos rumores nesse sentido, teima em não chegar aos utilizadores de forma generalizada. Aliás, engenheiros que estariam a trabalhar num “Apple Search” terão abandonado a Apple para se juntar à Google.
Há uma terceira área em que se acredita que a Apple queria alcançar que é o seu próprio negócio de publicidade. Esta área está a crescer dentro da empresa, nomeadamente na sua loja de apps, mas ainda é cedo para perceber qual o futuro.
O Financial Times terá pedido à Apple declarações sobre as afirmações dos dois ex-engenheiros, mas a empresa não se pronunciou.