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Aplicações Google deixam de utilizar localizador de anúncios conforme obriga o iOS 14

O iOS 14 trouxe mudanças que dificilmente antevíamos há um ano. Se por um lado abriu mais os sistemas operativos aos programadores de empresas terceiras, por outro apertou mais ainda as regras que protegem a privacidade e a segurança dos clientes Apple. A Google está “obrigada” a cumprir as regras da Apple e já referiu que vai adaptar as suas aplicações à nova política App Tracking Transparency do novo sistema operativo da empresa californiana.

No início deste ano estranhou-se a falta de atualização de algumas aplicações Google e surgiu uma possível explicação. A gigante das pesquisas estaria em desacordo com a Apple. Contudo, parece que tudo está resolvido. Estão a chegar novidades para as aplicações Google.


Apple está já a implementar as novas regras de privacidade no iOS 14

Conforme era esperado e já anteriormente abordado, a Google confirmou agora que está a atualizar todas as suas aplicações. Assim, a empresa prepara-se para as alterações no seguimento das regras para o rastreamento dos utilizadores no iOS para publicidade.

Assim, com a introdução da política de defesa do utilizador App Tracking Transparency (ATT), a Google está a mudar-se do sistema IDFA que exigia aos utilizadores a concessão de permissão para o seguimento de anúncios.

Quando a política da Apple entrar em vigor, deixaremos de utilizar a informação (como o IDFA) que se enquadra no ATT para o punhado das nossas aplicações iOS que atualmente a utilizam para fins publicitários.

Como tal, não mostraremos a solicitação ATT nessas aplicações, de acordo com a orientação da Apple. […] Estamos a trabalhar arduamente para compreender e cumprir as diretrizes da Apple para todas as nossas aplicações na App Store.

Refere a Google numa publicação no seu blogue.

 

Google estará a lançar as suas apps já modificadas

O IDFA, Identificador para Anunciantes, foi um identificador de dispositivo aleatório atribuído pela Apple a um dispositivo do utilizador. Então, os anunciantes eram capazes de seguir os dados de um utilizador sem que o sistema revelasse a informação identificável de uma pessoa.

O Facebook protestou contra a remoção do IDFA, inclusive insurgiu-se na imprensa escrita americana, alegando que iria prejudicar as pequenas empresas. Os protestos da gigante das redes sociais foram descritos como “risíveis” pela Electronic Frontier Foundation.

O próprio Craig Federighi da Apple argumentou que, ao remover o IDFA, a Apple introduziu de facto um sistema novo e mais orientado para a privacidade para a obtenção da mesma informação por parte dos anunciantes.

Criámos uma estrutura para o fazer de forma a proteger a privacidade. [A Apple planeia] melhorar a capacidade [do anunciante] de fazer publicidade eficaz enquanto preserva a privacidade, e queremos trabalhar tecnicamente em soluções para tornar isso cada vez mais eficaz.

Explicou Federighi, ao descrever aquilo a que a Apple chama SKAdNetwork.

Diagrama que descreve o caminho de uma validação de instalação. A aplicação A é a app de origem que exibe um anúncio. A aplicação B é a app de publicidade que o utilizador instala.

Como explica a imagem, a Apple quer que as redes de publicidade se registem na Apple e os programadores devem configurar as suas aplicações para funcionar com as redes de publicidade.

 

Google: Sistema SKAdNetwork estará prestes a entrar ao serviço

O anúncio da Google diz que está a adotar a estrutura da Apple SKAdNetwork. No entanto, diz também que espera que a estrutura melhore.

Estamos a trabalhar com a indústria para dar à Apple feedback sobre como melhorar ainda mais a SKAdNetwork para que os anunciantes possam medir com precisão os resultados da sua campanha no iOS 14.

Na Google, colocamos sempre os utilizadores e a sua privacidade em primeiro lugar. Transparência, escolha e controlo constituem a base do nosso compromisso com os utilizadores, e a publicidade não é diferente.

A Apple tinha a intenção de introduzir a sua política de ATT a par do lançamento inicial do iOS 14. Contudo, foi adiada até ao início de 2021 por razões técnicas.

 

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