Foi lançado hoje, a partir do Cazaquistão, o primeiro satélite angolano. Angola passa, assim, a ser o sétimo país africano a colocar um sistema de telecomunicações no espaço, depois da Argélia, África do Sul, Egito, Marrocos, Nigéria e Tunísia.
O investimento rondou os 270 milhões de euros.
Batizado de Angosat, este é o primeiro satélite angolano a ser lançado em órbita. Apesar do investimento, na semana passada, o ministro das Telecomunicações e Tecnologias de informação, Carvalho da Rocha, informou que, comercialmente, 40 por cento da capacidade do satélite já está reservada e que espera a recuperação do investimento em, pelo menos, dois anos.
Para poderem prestar serviço de telefonia móvel, todas as nossas operadoras alugam espaço noutros satélites, que dão cobertura à nossa região. Se todas elas gastarem em média por mês entre 15 a 20 milhões de dólares, o investimento será rapidamente pago.
Ministro das Telecomunicações e Tecnologias de informação, Carvalho da Rocha
De acordo com as informações, este satélite foi construído por um consórcio estatal russo e foi lançado às 20:00 de Angola, com recurso ao foguete ucraniano Zenit-3SLB, envolvendo ainda a Roscosmo, empresa espacial estatal da Rússia.
Este satélite começou a ser construído em 2013 mas só hoje foi lançado, devendo permanecer em órbita por cerca de 18 anos.
O primeiro satélite 100% português estará em órbita no fim de 2020. O Consórcio é constituído por nove empresas e o investimento é de cerca de nove milhões de euros para três anos. O satélite já foi batizado de “Infante”.