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Amazon: O que acontece aos milhares de produtos que não são vendidos?

A Amazon teve nos últimos dois dias a decorrer os Amazon Prime Days. Foram dias de grandes promoções onde foram transacionados milhares de produtos que começam agora a chegar aos seus compradores. Sem dúvida alguma que esta é uma excelente forma de escoar stocks, inclusive de produtos já descontinuados que continuam nos armazéns da empresa. Mas… e o que não é vendido? O que é que acontece aos milhares de produtos que ficam nos armazéns?

Uma investigação recente mostra uma realidade assustadora no Reino Unido com a destruição deste material.


A Amazon há muito que está associada a práticas pouco éticas, tanto na forma como trata os seus colaboradores como nas próprias práticas de incentivo ao consumo. Não é propriamente um segredo que existe uma produção elevada de produtos face às quantidades consumidas e daí, atualmente, haver uma campanha mundial para a consciencialização para um estilo de vida mais essencialista.

Assim, sem radicalismos, optar por comprar apenas aquilo que é realmente essencial, seja em tecnologia, roupa ou comida.

Face à era que vivemos, uma investigação da ITV News revela uma realidade alarmante e que envolve, uma vez mais, a Amazon e os seus princípios éticos. De acordo com a investigação a empresa está a destruir milhares de produtos num dos seus armazéns. Semanalmente, produtos devolvidos ou que simplesmente não saem “das prateleiras” por não serem vendidos, são simplesmente destruídos.

130.000 produtos por semana destruídos

No artigo publicado, é ainda revelada uma entrevista a um ex-funcionário do armazém da Amazon, que disse que um centro de distribuição perto de Glasgow, na Escócia, destruía cerca de 130.000 produtos por semana.

Existem ainda imagens captadas no armazém que mostraram produtos nas suas embalagens originais, em carrinhos que supostamente se dirigiam para uma “zona de destruição” nas instalações.

Alguns dos produtos destruídos vêm de vendedores terceirizados que listam os seus produtos no mercado da Amazon e pagam à empresa os armazenar nos centros de distribuição, para que, desta forma, possam ser enviados através do rápido processo de logística da Amazon. Assim, caso os vendedores decidam parar de pagar à Amazon por eles e acabarem por não ser vendidos, a destruição é o caminho mais direto.

Ainda assim, é deixada a resalva para o facto de alguns deles serem doados a instituições de caridade.

A empresa tem estado a ser pressionada por ativistas ambientais e pelos próprios funcionários para que reduza a sua pegada de carbono. A Amazon prevê tornar-se uma empresa com neutralidade carbónica em 2040, mas até lá parece que o percurso será sinuoso.

A resposta da Amazon

Como resposta a esta investigação, a Amazon afirmou que nenhum dos produtos destruídos vai parar a aterros e que está a reunir esforços para que não sejam descartados nenhuns produtos.

A nossa prioridade é revender, doar para organizações de caridade ou reciclar qualquer produto não vendido.

Referiu um porta-voz da empresa que garantiu que, ainda assim, em último recurso, teria sempre que existir a destruição.

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