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Amazon está a ser processada por discriminação e “desigualdade salarial crónica”

A Amazon está, frequentemente, envolvida em problemas, com funcionários a reclamar do seu modus operandi em vários aspetos. Agora, a gigante do e-commerce está a ser processada por discriminação de género e “desigualdade salarial crónica”.


Conforme adiantado pela CNBC, Caroline Wilmuth, Katherine Schomer e Erin Combs, que têm cargos na divisão de pesquisa e estratégia corporativa da Amazon, alegam que a empresa atribui às funcionárias títulos mais baixos para os mesmos cargos ocupados por homens. Estes, por sua vez, têm títulos mais altos e, consequentemente, salários maiores.

As três funcionárias apontam que a Amazon “falha regularmente” na promoção das mulheres, “resultando no desempenho de funções semelhantes às dos homens, de títulos mais elevados, mas por menos remuneração”.

 

Amazon acusada de discriminação de género e “desigualdade salarial crónica”

No final de 2021, as três funcionárias levantaram estas preocupações aos seus gestores, bem como ao Departamento de Recursos Humanos da Amazon, desencadeando uma investigação, que procurava saber se elas estavam, de facto, a ser classificados incorretamente devido ao seu género.

De acordo com Caroline Wilmuth, dos quatro investigadores da sua equipa, três funcionárias receberam títulos menores, auferindo salários mais baixos. O quarto elemento, o único investigador do sexo masculino, auferia um salário mais alto, porque detinha um título superior, apesar de exercer as mesmas funções e, na prática, ocupar a mesma posição que as colegas.

A denúncia indica que o homem da equipa ganhava “aproximadamente 150% do salário de Schomer”.

Quando descobri que recebia significativamente menos do que os homens da minha equipa, fiquei chocada e devastada. A Amazon piorou as coisas, após eu ter reclamado, retirando a equipa que fundei e construí do zero – e rebaixando-me para uma posição com muito menos oportunidades de avanço na carreira.

Partilhou Wilmuth, num comunicado.

Em março, um investigador designado para investigar as preocupações das funcionárias determinou que a decisão da Amazon teve um “impacto diferente” nas mulheres.

Durante a investigação, o responsável conversou com o investigador da equipa em que Wilmuth foi colocada, após a reclamação, que reconheceu que a reorganização foi “discriminatória, feita através das linhas de género”, e que prejudicou Wilmuth, Schomer e Combs.

Em resposta, o porta-voz da Amazon, Brad Glasser, disse que as alegações são falsas e a empresa não tolera discriminação no local de trabalho.

A ação coletiva foi movida no Tribunal Distrital dos EUA para o Distrito Ocidental de Washington. A queixa foi apresentada pela Outten & Golden.

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