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Agora é Nicolás Maduro a pedir o boicote do WhatsApp…

As redes sociais parecem não estar ao lado de determinados políticos ou governação de políticos. Erdoğan acusou, ontem, as redes sociais de “fascismo digital”. Agora é Nicolás Maduro que incita os cidadãos venezuelanos a boicotar o WhatsApp.


Num discurso com um tom inflamado e acusador, como é seu apanágio, o Presidente Nicolás Maduro defendeu o boicote da aplicação de mensagens WhatsApp. Segundo refere, alegadamente a rede social está a ser utilizada para ameaçar a Venezuela e pediu aos venezuelanos para a eliminarem progressivamente.

Vou romper relações com o WhatsApp, porque está a ser utilizado para ameaçar a Venezuela. E vou apagar o meu WhatsApp do meu telemóvel para sempre. Pouco a pouco ir passando os meus contactos para o Telegram, para o WeChat. Vocês me entendem. É necessário fazer isso.

Clamou maduro.

O presidente venezuelano discursava no palácio presidencial de Miraflores, em Caracas, perante jovens que participaram, segunda-feira, na “grande marcha de estudantes pela defesa da paz” que responderam ao anúncio com as palavras de ordem “Sim” e “Assim é que se governa”.

“Diz não ao WhatsApp. Fora o WhatsApp da Venezuela”

As palavras do controverso líder da República Bolivariana da Venezuela refere que os criminosos ameaçam a juventude, os líderes populares e da cidade. Maduro aponta mesmo a origem, é a partir de telefones da Colômbia, de Miami, do Peru, do Chile, que o “os cobardes se escondem atrás do anonimato”.

É hora de definições: Ou estás com a violência ou com a paz, com os fascistas ou com a pátria, com o imperialismo ou com a Venezuela. É tempo de definições, de que cada um se defina.

Ou amas e defendes a Venezuela, ou deixas que chegue o fascismo.

Disse Maduro.

No momento quente da palestra, os jovens cantaram: “A pátria não se vende, a pátria se defende”.

Comecemos pelo WhatsApp. Pelo WhatsApp estão a ameaçar a família militar venezuelana, a toda a função pública, a família policial, os líderes das ruas. Pelo WhatsApp estão a ameaçar todos os que não se pronunciem a favor do fascismo.

Disse o Presidente.

Claro que a mensagem tinha um caminho alternativo. Maduro sublinhou que o “primeiro passo” deverá ser a “retirada voluntária e radical de WhatsApp” de maneira progressiva e explicou que ele próprio tem 500 contactos em 10 grupos no Telegram.

Portanto, a ideia que deixou era para o seu povo deixar a rede social americana, o WhatsApp e apostar no Telegram (russo) ou WeChat (chinês).

…comecei agora mesmo. (..) Estou no WeChat chinês, que é muito bom (…) E ao WhatsApp lhe dizemos: Vai-te lixar. Parem de ameaçar os venezuelanos. Porque é por criminosos com chips colombianos, chilenos, norte-americanos.

Exortou Maduro.

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