A Europa foi a votos nos últimos dias, com as urnas dos vários Estados-membros a receberem a vontade dos cidadãos relativamente ao futuro do bloco. Os resultados das eleições para o Parlamento Europeu, que já são conhecidos, motivaram a queda das ações europeias, esta manhã.
Os resultados conhecidos das eleições europeias indicam que os partidos populistas e de extrema-direita poderão ter um papel mais importante do que até agora na definição das políticas europeias nos próximos cinco anos.
Na sequência dos resultados, em França, que sublinharam o crescimento da extrema-direita no país e representaram uma pesada derrota para o Renascença, o Presidente Emmanuel Macron convocou eleições legislativas antecipadas para o final deste mês.
Segundo avançado pela CNBC, o índice pan-europeu Stoxx 600 estava a cair 0,8% às 10h35 de hoje, com as ações do setor da construção a liderarem as perdas, com uma queda de 1,7%. Mais do que isto, o euro caiu 0,4% em relação ao dólar americano e 0,3% em relação à libra esterlina.
O CAC 40 francês caiu 2%, com os bancos franceses em queda acentuada após a notícia. Também o Societe Generale e o BNP Paribas caíram 7,4% e 5%, respetivamente.
Eleições antecipadas em França resultaram na queda das ações europeias?
De acordo com os especialistas do Barclays, numa nota citada pela CNBC, tendo em conta que o centro-direita manteve a maioria no Parlamento Europeu e que os ganhos da extrema-direita tinham sido amplamente previstos, foram as eleições francesas antecipadas que “assustaram o mercado” esta segunda-feira. Aliás, os resultados das eleições europeias “são um golpe para a credibilidade de Macron e para a sua posição pró-UE”, afirmaram.
Segundo o Barclays, contudo, “ainda há um longo caminho a percorrer antes de obterem uma maioria absoluta (289 lugares)”.