Num momento em que está em curso a introdução do 5G em Portugal e diversos ensaios técnicos estão a ser executados, é importante verificar a existência de condições de segurança e o cumprimento de todas as normas em antecipação ao lançamento do novo serviço.
No seguimento de um estudo realizado pela ANACOM, os resultados revelaram que as redes 5G estavam a funcionar de acordo com os requisitos técnicos adequados.
5G – Valores medidos estão 50x abaixo dos de referência
A ANACOM fez em 2020 um conjunto de medições aos níveis dos campos eletromagnéticos (CEM) provenientes de ensaios 5G, no seguimento das várias autorizações que tem emitido desde 2017 para a realização de ensaios técnicos da quinta geração móvel (5G) em Portugal. O estudo agora publicado (download aqui) permitiu avaliar o impacto do 5G, em termos de exposição da população em geral a CEM.
No âmbito deste trabalho, a ANACOM efetuou medições CEM em cinco localizações, nas imediações de quatro implementações 5G distintas. As principais conclusões do estudo são as seguintes:
- As redes 5G estavam a funcionar de acordo com os requisitos técnicos adequados, nomeadamente na faixa dos 3,6 GHz.
- Em termos globais, os valores medidos estão mais de 50 vezes abaixo dos níveis de referência que são recomendados internacionalmente pela Organização Mundial de Saúde (OMS).
- A contribuição das redes 5G em teste na faixa dos 3,6 GHz, para os níveis da exposição total, foi muito pouco significativa quando comparada com as redes móveis que já estão hoje em dia em operação.
A ANACOM é responsável por assegurar a gestão eficiente do espectro radioelétrico e a sua supervisão. Desde o ano 2000 a Autoridade das Comunicações procedeu a mais de duas mil avaliações de radiações não-ionizantes; em 100% dos casos cumpriram-se os padrões de referência.
Apenas em 3% dos casos os valores não estiveram abaixo de 50 vezes abaixo do nível de referência; estas situações têm sido cada vez menos frequentes ao longo do tempo e foram todas levadas ao conhecimento das entidades em causa.