Passavam 46 minutos das 8h da manhã do dia 11 de setembro de 2001 quando o primeiro avião invadiu a torre norte do World Trade Center, em Nova Iorque, EUA. Esse momento iniciou uma série de outros que viriam a marcar esse dia fatídico como um dos mais negros da história da Humanidade.
Duas décadas depois, as imagens do 11 de setembro ainda chocam o mundo e estão vivamente presentes na memória de alguns.
O dia que transformou os EUA
Num dia que se aparentava normal, terroristas da Al-Qaeda desviaram quatro aviões comerciais e despenharam dois deles no World Trade Center. Na altura, este era um enorme complexo de escritórios que representava o poder financeiro dos EUA e dominava a paisagem de Manhattan desde os anos 70.
Dos vários edifícios que constituíam o World Trade Center, as Torres Gémeas eram os mais importantes: dois arranha-céus que, aquando da sua construção, receberam o título de edifícios mais altos do mundo.
No dia 11 de setembro de 2001, o primeiro avião atingiu a torre norte do World Trade Center às 08h48 (hora local), entre o 95.º e o 103.º andares. Passado um quarto de hora, seguiu-se a aeronave do voo 175 da United Airlines, que destruiu parte da torre sul ao nível do andar 80. O terceiro avião desviado embateu no Pentágono às 9h40. Cinco minutos depois, a Casa Branca foi evacuada e às 10h05 a torre sul do World Trade Center desmoronou-se.
Duas horas mais tarde foi declarado estado de emergência nos Estados Unidos da América.
Embora a Al-Qaeda tivesse planos para atacar também o Capitólio dos EUA, este não chegou efetivamente a acontecer, uma vez que o avião se despenhou, depois de os passageiros ripostarem.
Há 20 anos, pessoas de todo o mundo foram mortas nas explosões iniciais que assolaram as Torres Gémeas, outras saltaram desesperadamente para a própria morte e ainda outras colapsaram juntamente com os dois edifícios. Um autêntico filme de terror que ninguém esperava ver e que horrorizou todos quantos acompanhavam pelas televisões, ao vivo.
No total, morreram 2.977 pessoas – 2.753 delas no agora conhecido como o Ground Zero.
A América de hoje, 20 anos depois
A Al-Qaeda impôs ao mundo um dos maiores ataques terroristas da história da Humanidade. Os acontecimentos do 11 de setembro de 2001 mudaram para sempre os EUA, e a forma como o país responde é também diferente desde então. Depois do descalabro, o então Presidente George W. Bush declarou guerra ao terrorismo e invadiu o Afeganistão.
Apesar de tudo o que é impossível cair no esquecimento, 20 anos depois, os militares dos EUA anunciaram a saída dos últimos soldados americanos do Afeganistão, encerrando um conflito que durava há duas décadas e que terminou com a tomada do poder pelos talibãs.
Depois do ataque às Torres Gémeas, a América reergueu-se, mas as palavras Al-Qaeda, Bin Laden e terrorismo nunca mais foram ditas da mesma forma.
Um mundo que não esquece
O Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, e a primeira dama, Jill Biden, participarão nas cerimónias solenes a realizar este sábado para “honrar e homenagear as vidas perdidas”. Junto do Memorial do 11 de setembro, às 8h30 locais, juntar-se-ão ao antigo Presidente Barack Obama, que acompanhou o assassinato do líder da Al-Qaeda, Osama bin Laden, em 2011.
Posteriormente, Biden viajará para Shanksville, Pensilvânia, local onde caiu o United Airlines 93, sem deixar sobreviventes, antes de visitar o Pentágono. No mesmo local, o antigo Presidente George W. Bush discursará numa cerimónia fúnebre, na qual serão lidos os nomes de todos os passageiros e membros da tripulação.
Ao longo do dia de hoje, serão feitos seis momentos de silêncio, marcando as vezes em que cada torre foi atingida, as vezes em que cada uma caiu, o momento do ataque ao Pentágono e a queda do United 93. Durante a cerimónia solene, no Memorial do 11 de setembro, serão lidos ao som de um sino os nomes de todas vítimas do ataque de 2001.